Vila de Loriga |
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Álbum
de Fotografias - Diversas (Fotos) |
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Arquivo:-
Notícias em Destaque, de anos anteriores, aqui na "Actualidades" |
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Jorge
Garcia - Aventura 2011 - Solidariadade para com o Bombeiros Voluntários
de Loriga |
Jorge Garcia - Aventura 2012 - Solidariedade para com
as obras de restauro da Igreja Paroquial de Loriga |
Jorge
Garcia - Aventura 2013 - "O
Caminho dos Peregrinos" movido no espírito da sua própria autonomia |
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Atualidade
- Síntese de Acontecimentos
e Notícias -
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Sexta-feira 9.6.2023
(às22h00)TMG) |

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Faleceu
Maria dos Anjos Gomes Luís Garcia
Faleceu hoje
sexta-feira, Maria
dos Anjos Gomes Luís Garcia, de 89 anos de idade (5.1.1934)
Recorde-se
que esta nossa conterrânea era utente na Casa de Repouso da Nossa
Senhora da Guia em Loriga
O funeral
vai ser realizado amanhã sábado, em Loriga pelas 18h30,
onde será sepultada no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Sábdo 3.6.2023
(às17h00)TMG) |

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Faleceu
José Carlos Moura Conde
Faleceu hoje
(sábado) subitamente em Loriga, José
Carlos Moura Conde,
de 59 anos de idade (9.4.1964)
O funeral
será realizado terça-feira
em Loriga, pelas 18h30,onde será sepultado no cemitério
local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Terça-feira 30.5.2023
(às11h00)TMG) |

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Faleceu
Ana Isabel Santos Correia
Faleceu
nesta madrugada de hoje terça-feira, Ana
Isabel Santos Correia,
de 56 anos de idade (12.5.1967) mais conhecida no nosso meio loriguense
por "Anita"
O funeral
vai ser realizado amanhã quarta-feira em Loriga, pelas 15h30,
onde será sepultada no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |

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Quinta-feira 25.5.2023
(às8h00)TMG) |

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Obras de acesso
Ao Bairro da Vista Alegre
É
de saudar as obras do alargamento de um dos acessos ao chamado "Bairro da Vista Alegre", em Loriga que estão a
ser realizadas, obras que há muito eram uma carência naquele
local, por isso, tem pecado por tardio, mas tal como diz o ditado mais
vale tarde do que nunca, na verdade era imprescindível este
alargamento naquele lugar para acesso com veículos, porque só
quem utiliza aquela passagem pode dar a real importância e como
era necessário este melhoramento.
Por isso, tal como disse é de louvar esta tão importante
obra ali a decorrer. Parabéns. |
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Terça-feira 23.5.2023
(às17h00)TMG) |
Recordar
Armando Reis Fernandes Leitão
(23.8.1922 - 21.5.2023)
Pelas redes socias
chegou até mim a notícia do falecimento do senhor Armando
Reis Fernandes Leitão,
um centenário loriguense, mais conhecido no nosso meio por "Armandinho Leitão" que tinha feito os 100 anos de vida, no
dia 23 de Agosto do passado ano 2022, uma pessoa por quem tive sempre uma enorme
estima e admiração, tendo o privilégio também de
ter pertencido ao seu círculo de amigos, bem como, o prazer de o ter
sempre e desde a primeira hora, como um assíduo visitante da minha página
www.loriga.de
Não dei a notícia do seu falecimento nesta minha página
como sempre por norma o faço, por respeito a um pedido seu que um dia
me pediu, quando na última vez que estive com ele, um ano antes da Pandemia,
nos encontramos e assentados num dos bancos da "Carreira"
em dado momento
me disse "caro
amigo Adelino um dia que eu morra não quero que publiquem a notícia,
já também disse à família, por isso, peço-lhe
que não dê também a notícia". Fiquei por momentos calado e pensativo
mas depois lhe disse "se
assim é, respeito essa sua vontade". Esse seu pedido ficou registado na minha
memória, que resolvi cumprir religiosamente tal como me pediu. |
Mas hoje
recordar aqui nesta minha Página, Armando Reis Fernandes Leitão,
é pois uma Evocação e ao mesmo tempo uma homenagem
a uma pessoa notável, que como dádiva de Deus o fez atingir
a idade dos três dígitos. Fazia no próximo mês
de Agosto os 101 anos de idade.
Pessoa afável e dócil, por quem tive muita admiração
e estima, de uma enorme cultura e inteligência que como cheguei
a dizer "era
uma autêntica enciclopédia viva", estou em crer, que foi o loriguense
que mais viajou pelo mundo inteiro, no desempenho da sua vida profissional,
parece mesmo que não haverá um local pelo planeta que
não tivesse visitado.
Quando me contava por onde andou por esse mundo fora, lhe disse "senhor Armando você
é um homem do mundo" considerava-o
mesmo uma figura de Loriga, que apesar da sua idade, conservava uma
memória impressionante que me fascinava e me agradava imenso
com ele conversar, que na verdade o irei ter na minha memória
deixando-me imensas saudades. |

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Um conversador de
natureza, que sempre ao encontrar-me com ele tinha sempre um montão
de histórias para me contar, sabendo que eu vivia perto de cidade de
Hamburgo, um dia me disse "sabe
que também estive onde você vive" ou seja em Hamburgo, a cidade dos sonhadores
e que também muito o encantou, me chegou a falar de locais que eu conheço,
que pelo meio do seu sorriso contagiante me falou também de St Pauli,
um local mundialmente conhecido, famoso e turístico.
Um dia, o senhor Armando Leitão e já aposentado, deixou o rebuliço
e os ares suspeitos de Lisboa onde vivia, o que aliás, são esses
os quotidianos próprios das grandes cidades, resolveu radicar-se na
sua adorada Loriga, onde passou a viver a tranquilidade e o prazer de respirar
os ares puros que purificam os pulmões e provavelmente o fizeram rejuvenescer
ainda mais o desgaste que despendeu ao longo dos anos.
A partir de então era por Loriga que o passei a ver mais vezes e a mantermos
as conversas mais em dia, surpreendia-me sempre com a sua longevidade e sempre
com uma boa disposição que nos apegava uma certa alegria, andava
por todo o lado e não prescindia de fazer o seu passeio matinal, normalmente
até à praia fluvial, onde ali se deliciava com o sol e ao mesmo
tempo se regala com ar fresco que vem da água cristalina.
Mas na verdade mais tarde ou mais cedo os anos vão pesando cada vez
mais, vim um dia a saber que o senhor Armando tinha deixado Loriga, passando
a ser utente num lar de idosos muito longe da sua terra, foi ali que celebrou
o seu centenário no dia 23 de Agosto de 2022. A partir dessa data do
seu centenário, passou a figurar na Galeria dos Loriguenses Centenários
que criei na minha Página, homenageando dessa forma todos aqueles nossos
loriguenses que tiveram o privilégio nesta vida de atingirem esta bonita
e sonhadora idade dos 100 anos de idade.
Ao saber do seu falecimento ocorrido no passado domingo dia 21 de Maio de 2023,
fiquei triste e emocionado, vendo partir desta nossa vida um homem notável
que foi um prazer o ter conhecido e ao mesmo tempo ter tido por ele grande
carinho e estima.
O funeral foi realizado em Loriga, hoje terça-feira dia 23.5.2023, regressando
assim á sua adorada terra natal, para então sim, repousar e dormir
com tranquilidade o sono eterno. Até um dia caro amigo Armando Leitão.
Descanse em PAZ. |
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Quinta-feira 18.5.2023 (às11h00)TMG) |

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Praia Fluvial de Loriga
- Bandeira Azul 2023 -
A Praia
Fluvial de Loriga
foi também galardoada com a Bandeira
Azul 2023, sendo
assim juntamente com a Praia Fluvial da Lapa dos Dinheiros as duas
do concelho de Seia a receberem esta honrosa distinção,
noticia anunciada pela ABAE (Associação Bandeira Azul
da Europa).
Mais uma vez está de parabéns a vila de Loriga, por tão
honroso galardão atribuído à sua Praia Fluvial
neste ano de 2023, juntando assim os dois titulos de mais realce, "Bandeira
Azul" e
"Qualidade de
Ouro",
como não podia deixar de ser.
Alguém
disse um dia depois ao contemplar tão encantador recanto que
é a Praia Fluvial de Loriga:
"Localizada
num contexto ambiental de excelência, atribuído pelo Parque
Natural da Serra da Estrela, a Praia Fluvial de Loriga é um
santuário para os amantes da natureza, do ambiente, da calma
e da serenidade, onde ainda são visíveis os vestígios
deixados pelo glaciar que abriu o Vale de Loriga. Situada no curso
da Ribeira de Loriga, que nasce no planalto superior da serra da Estrela,
a praia fluvial de Loriga distingue-se pelas suas águas puras
e cristalinas, muito procuradas e apreciadas por banhistas. O relevo
acidentado e o valor ambiental da paisagem envolvente determinam uma
elevada aptidão para a prática de atividades de aventura,
desportos de natureza ou pedestrianismo". |
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Quarta-feira 17.5.2023 (às13h00)TMG) |
Praia Fluvial de Loriga
- Bandeira "Qualidade de Ouro -
Notícias
difundidas nos dão conta que associação ambientalista
Quercus atribuiu mais uma vez a Bandeira
"Qualidade de Ouro", à Praia Fluvial de Loriga, na categoria do interior, que mais
uma vez não poderia deixar de ser e nos cumpre saudar ao vermos
mais uma vez a nossa Praia galardoada.
Como se sabe e como informação, para poder içar
a Bandeira Qualidade de Ouro basta que as análises oficiais
da Agência Portuguesa do Ambiente revelem que a praia em questão
demonstre qualidade excelente nas cinco últimas épocas
balneares e que todas as análises do último ano estejam
acima do percentil 95. |

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Quinta-feira 11.5.2023 (às15h00)TMG) |

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Faleceu
Maria Alice Pereira Figueiredo
Faleceu ontem
quarta-feira no hospital de Leiria, Maria
Alice Pereira Figueiredo, de 88 anos de idade (1925)
Recorde-se
que esta nossa conterrânea vivia em Fátima num Lar de
Idosos. Uma súbita alteração de saúde foi
necessário a ida para o Hospital de Leiria, onde veio a falecer
ontem (quarta-feira) à noite
O funeral
vai ser realizado amanhã sexta-feira pelas 11H30 em Loriga,
onde será sepultada no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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...................(às7h00)TMG) |
Elo de Amizade
Que vem do Brasil
Como sempre envolvido
no espirito colaborativo e comunitário,
Luís Paulo Figueiredo Pina,
aproveitando a sua visita a Loriga, fez questão de entregar a duas instituições
da nossa terra, a "Moeda
da Amizade" da ADESG
(Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) ficando
assim registado um elo de amizade que saudamos.
Esta ato de oferta das Moeda são oferecidas a militares, personalidades
públicas e politicas e instituições significativas, sendo
quem as recebe serem consideradas amigas da ADESG (Associação
dos Diplomados da Escola Superior de Guerra).
Aqui registamos as
notícias que já chegaram também ao Brasil
"Na data
de hoje em Loriga, Portugal, fizemos a entrega de uma Moeda da Amizade da ADESG
ao senhor Rodrigo Amaro, presidente da Fundação Cardoso de Moura.
Como filho desta terra fiz questão de entregar esta Moeda da Amizade,
a esta tão importante Fundação da vila de Loriga, na Serra
da Estrela, Portugal. O Senhor Rodrigo Amaro ficou muito feliz e disse que
a Moeda será devidamente emoldurada para que fique como espólio
na galeria da Fundação".
"O Adesguiano Luís
Paulo Figueiredo Pina fez a entrega da Moeda da Amizade da ADESA, aos Bombeiros
Voluntários de Loriga Portugal.
O Bombeiros Voluntários de Loriga foi fundado em 1982 e atende 26 freguesias
na Serra da Estrela, sendo uma das maiores e melhores corporações
da região. Na ocasião a Moeda da Amizade foi entregue ao senhor
António Conde que é o atual presidente da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga" |

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Fundação
Cardoso de Moura Associação |
Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga |
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Quarta-feira 10.4.2023 (às8h00)TMG) |

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Faleceu
Maria Assunção Duarte Pereira
Faleceu ontem
terça-feira, Maria
Assunção Duarte Pereira,
de 89 anos de idade (1924) natural do Fontão (Loriga)
O Funeral
vai ser realizado hoje (quarta-feira) em Loriga, pelas 18H30, onde
será sepultada no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |

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Terça-feira
9.5.2023(às15h30)TMG |

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Mês de Maio -
Mês de Maria
O mês
de Maio é conhecido pelo Mês de Maria, que toca aos corações
por vários motivos, é o mês que a igreja católica
em Portugal celebra com muita adoração a Virgem Nossa
Senhora de Fátima.
Pelo mundo onde quer que se encontre comunidades portuguesas, este
mês é também muito celebrado com muita devoção
e fé, estando sempre no pensamento e sempre como uma referência
a imagem da Nossa Senhora de Fátima, assim acontece numa pequena
cidade no norte da Alemanha, de seu nome Wahlstedt, onde na sua pequena
igreja da religião católica, passou já algum tempo
a ter a presença da imagem da Nossa Senhora, que passou a ser
também nessa igreja uma atração para veneração
e preces.
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Segunda-feira 8.5.2023 (às18h00)TMG) |
Luís Paulo Figueiredo
Pina
- De visita a Loriga -
Estando
de visita a Portugal Luís Paulo Pina aproveitou esta estadia
para visitar Loriga, onde esteve alguns dias, matando saudades, revendo
familiares e amigos, recordando-se que é um verdadeiro embaixador
e considerado mesmo um grande bairrista de Loriga por terras de Belém
Pará Brasil.
Na verdade Luís Paulo Pina considera-se um loriguense por opção,
filho de pai e mãe naturais de Loriga, tem uma grande paixão
por esta também sua
terra,
muito tem contribuído no Brasil por Loriga que tanto adora e
tal como diz:
"Desde pequeno, sempre fui apaixonado por Loriga. Meus pais são
Loriguenses, assim como toda a minha família. Loriga sempre
foi uma verdadeira paixão para mim, e sempre considerei o melhor
lugar do mundo para se passar umas verdadeiras férias e para
passear". |

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Sábado 28.4.2023 (às9h00)TMG) |

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Faleceu
Maria Celina Neves Nunes Madeira
Faleceu ontem
sexta-feira em Várzea (Santarém) onde vivia, Maria
Celina Neves Nunes Madeira,
de 80 anos de idade (1942) natural de Loriga
O Funeral
vai ser realizado hoje sábado na localidade de Várzea,
pelas 9h30, onde será sepultada no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Quinta-feira 27.4.2023 (às13h00)TMG) |

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Faleceu
Irene Alves Moura Ribeiro
Faleceu esta
madrugada, Irene
Alves Moura Ribeiro,
de 90 anos de idade (25.2.1933) que se encontrava bastante doente
Recorde-se
que esta nossa conterrânea era utente, já algum tempo,
na Casa de Repouso da Nossa Senhora da Guia em Loriga
O Funeral
vai ser realizado em Loriga, onde será sepultada no cemitério
local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Terça-feira
25.4.2023(às07h30)TMG |
O 25 de Abril - A Revolução
dos Cravos
- A História do 25 de Abril -
No dia 25
de Abril é comemorado a "Revolução
dos Cravos"
que pôs fim ao período salazarista com a derrubada de
Marcelo Caetano. Portugal, hoje membro da Comunidade Europeia, era
um país atrasado em relação ao continente europeu.
O país de Camões não vivia o melhor momento de
sua história, o último império colonial da Europa
pagava caro por este título. Angola, Moçambique e Guiné
estavam em guerras de libertação da matriz desde os anos
60, além do desprestígio causado pelas conquistas de
Goa, Damão e Diu, pela Índia. Portugal era integrante
da ONU e da OTAN, mesmo assim era condenado por seus aliados, inclusivo,
pela sua política colonialista e ditatorial.
O esforço de guerra colonial produzia um serviço militar
de quatro anos de duração, repressão às
opiniões contrárias à guerra, partidos e movimentos
políticos, exílio de líderes da oposição
e controle da imprensa e sindicatos. Todos eram suspeitos aos olhos
do governo considerado fascista.
A revolução de 25 de Abril de 1974 representa muito mais
que uma mudança na história do Portugal. Ela é
o marco do fim do ciclo imperial iniciado com a expansão marítima
no século XV. A revolução portuguesa deu esperanças
aos país latinos a lutar contra as suas ditaduras.
No Chile havia sido imposto uma ditadura em nome da "liberdade", "democracia" e "mundo
livre" em
11 de Setembro de 1973 com apoio do governo estadunidense. Ou seja,
seis meses apenas antes da Revolução dos Cravos.
O motivo da revolução é simples e pode ser resumido
nos três dês: democratizar, descolonizar e desenvolver,
que só seriam possíveis com o fim do salazarismo. António
de Oliveira Salazar assumiu o cargo de Presidente do Conselho de 1932
até 1968. Governou o país com mão-de-ferro até
à sua retirada por incapacitação física.
Marcelo Caetano assume o seu lugar e mantém o regime por mais
seis anos. Salazar tentou manter a todo o custo o fim do período
colonial e dirigiu Portugal sob linha dura até a sua morte.
Com a substituição de Salazar por Marcelo Caetano, a
expectativa pela liberalização do país aumentou,
muito embora a demanda por mudanças superasse a meta do governo
de fazer uma transição lenta, gradual e segura; para
eles, obviamente. |

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Nos anos 70, os
portugueses estavam descontentes com a decadência económica produzida
pelo atraso da nação e do financiamento às guerras coloniais.
Os sectores de médio e baixo escalão das forças armadas
estavam ainda menos satisfeitos com guerras inúteis e governos que não
os representavam.
Surge o "Movimento
dos Capitães".
Eles conviviam com o sentimento de exploração, antipatia popular
e o medo de serem culpados por uma nova derrota nas colónias, assim
como, ocorreu nos territórios indianos. O Movimento cresce no verão
de 1973/1974 e, desta vez, o povo passa a apoiar a causa dos militares como
única via para acabar com o salazarismo.
O regime de 48 anos cai quase sem derramamento de sangue em poucas horas com
a adesão da população. O golpe não foi uma surpresa.
Em 16 de Março, oficiais de vários quartéis realizaram
um golpe frustrado contra o regime. O
"putsch das Caldas da Rainha"
serviu de ensaio para o golpe fatal contra o regime salazarista.
Meia-noite e vinte minutos de 25 de Abril de 1974, neste horário era
dada a senha para o início do fim. A Rádio Renascença
executa "Grândola,
Vila Morena"
de Zeca Afonso, uma música proibida pela ditadura. Marcelo Caetano é
"convidado" a retirar-se e se exila no Brasil, que
vivia os anos negros da ditadura militar. A população festeja
o fim da ditadura distribuindo cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes.
A revolução dos cravos teve três fases distintas. Até
o golpe de 11 de Março de 1975 não se sabia quem controlava o
país. O general António de Spínola assume a Presidência
e toma atitudes polémicas como legalizar todos os partidos políticos,
inclusive o Partido Comunista.
As forças de esquerda ganham cada vez mais força no país
e em Setembro a MFA (Movimento das Forças Armadas) passa a dominar o
governo. A MFA era influenciada pelo PCP. No mesmo ano de agitações
políticas, as colónias africanas de Angola, Moçambique,
Cabo Verde e Guiné-Bissau conseguem suas soberanias políticas.
Era um desejo popular acabar com a ditadura, mas ao mesmo tempo era um golpe
militar de facto. A peculiaridade aumenta com a segunda fase do golpe, iniciada
pela tentativa frustrada de golpe de Spínola. O novo governo passa a
ser controlado pelos generais Costa Gomes, Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco
Gonçalves.
Depois do 11 de Março 1975 o país começou a tomar de vez
o rumo da esquerda. Bancos, indústrias e empresas de média foram
nacionalizados, além do início da reforma agrária. Neste
período é registado uma migração em massa para
o Brasil. Em menos de um ano, cerca de meio milhão de portugueses se
mudam para o continente americano num novo processo migratório.
Simbolo do 25 Abril
A vitória
do moderado Partido Socialista de Mário Soares nas eleições
para a Assembleia Constituinte em Abril de 1975, traz um novo momento ao período
revolucionário. Inconformados com esta reviravolta, oficiais de extrema-esquerda
tentam, sem sucesso, um novo golpe em 25 de Novembro de 1975. Esta tentativa
frustrada põe fim ao período revolucionário.
Mesmo assim, a revolução portuguesa foi um marco para a redemocratização
da península Ibérica e da América Latina. Ela foi decisiva
para as eleições que trouxeram derrotas aos governos "democráticos" no Brasil e em outros países latino-americanos
sem cheiro nem sabor.
A revolução mudou de vez a vida dos portugueses. A Carta Magna
de 1976 incluiu temas sociais, garantiu o processo de reforma agrária
e a independência das colónias. No mesmo ano, o general António
Ramalho Eanes é eleito presidente da República. Este foi o mesmo
comandante que esmagou a rebelião de oficiais de esquerda. Com a derrota,
Mário Soares tem de governar com a minoria no congresso. Em 1978 renuncia
ao cargo devido a grave crise económica.
Mesmo atravessando instabilidades políticas, como a do fim da década
de 70, a democracia sobreviveu em Portugal com a alternância entre os
partidos de direita e esquerda. Actualmente, os portugueses comemoram o 25
de Abril como uma data que fez o país renascer do obscurantismo e do
fascismo.
Dia 24 de Abril - Véspera
da Revolução dos Cravos
Otelo Saraiva de
Carvalho por volta das 22 horas do dia 24/4/1974 fardado com blusão
de cabedal chega ao Regimento de Engenharia Nº1, na Pontinha. É
ali que o major acompanhado de outros oficiais: Os tenentes-coronéis
Garcia dos Santos e Lopes Pires, o comandante Victor Crespo, os majores Sanches
Osório e José Maria Azevedo, o capitão Luís de
Macedo.
Ali instalam o posto de comando num pequeno anexo com as janelas tapadas por
alguns cobertores, sobre a mesa uns papéis manuscritos e um mapa de
estradas do Automóvel Clube de Portugal edição de 1973
que fazia de carta operacional com os esboços das movimentações,
sendo a base do "plano
geral das operações"
que se dividia em duas zonas.
Zona Norte que começava no eixo a sul do Porto e Lamego para norte.
Zona Sul desse eixo para sul, dividido em quatro sectores; Sector Norte, até
a sul de Coimbra, Sector Centro até norte de Santarém, Sector
Sul daí para sul, Sector Lisboa que também incluía Santarém.
Dali do Posto de Comando com o nome de código "Óscar" dão o conhecimento da situação
e as instruções às unidades militares de todo o país
envolvidas nas operações.
O primeiro sinal como combinado seria dado pelo então posto "Emissores Associados de Lisboa" às 22:55. João Paulo Dinis
era lá locutor e fizera a tropa em Bissau sob as ordens de Otelo, daí
a escolha de Otelo. E cabe a Dinis às 22:55 dar voz e escolher a canção
"E Depois
Do Adeus"
de Paulo de Carvalho, canção vencedora desse ano do Festival
da Canção RTP e que iria a alguns dias representar Portugal no
Festival da Eurovisão. A segunda senha é dada na "Rádio Renascença". Otelo fazia ponto de honra que fosse
uma canção do Zeca Afonso e estava indeciso entre "Venham Mais Cinco" e "Trás
Outro Amigo Também" eram
as suas preferidas mas logo os seus camaradas fizeram notar que seriam canções
muito óbvias e que iriam suscitar desconfiança.
Foi assim que o jornalista Carlos Albino sugeriu "Grândola Vila Morena" e é esta que acaba por ir para
o ar no programa "Limite"
de Paulo Coelho
e Leite de Vasconcelos que antes de pôr o disco recita a primeira quadra
de "Grândola
Vila Morena".
São 0:20 e grande parte das forças envolvidas põe-se em
movimento.
O Quartel-General da Região Militar de Lisboa é o centro nevrálgico
das "Forças
do Regime". O
edifício é tomado pelo Batalhão de Caçadores 5
com o código "Canadá". A mesma unidade também se encarrega
de proteger a residência do general António de Spínola,
o general Francisco Costa Gomes não foi alvo de protecção
porque não dormiu em casa.
Importante é também o aeroporto da Portela, operação
com o código
"Nova Iorque" que
fica encarregue à Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra
que às portas de Lisboa a coluna militar perde-se nas ruas e becos escuros
de Camarate.
Junto ao aeroporto o capitão Costa Martins esperava a coluna da Escola
Prática de Infantaria (EPI) de Mafra e desesperava e decide neutralizar
sozinho de pistola em punho a guarda do aeroporto e entrou mesmo na torre de
controlo fazendo "bluff" durante mais duma hora dizendo que o aeroporto
estava cercado e para se interditar o espaço aéreo português
imediatamente.
A Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra, quando chega toma de
imediato conta do aeroporto e ainda neutraliza o Regimento de Artilharia Ligeira
1 em Lisboa junto ao aeroporto. A Escola Prática de Transmissões
fazia as escutas telefónicas militares das forças do regime que
depois transmitia ao Posto de Comando.
O Regimento de Cavalaria 3 de Estremoz vem a Lisboa com a missão de
controlar a Ponte Sobre o Tejo, tomando posições do lado sul
do Tejo (Pragal). Enquanto nas colinas adjacentes à ponte de ambos os
lados a Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas toma posições
apontando baterias junto ao Cristo Rei, para o Terreiro do Paço e Monsanto.
A mesma unidade depois vai lá baixo à Trafaria libertar os militares
que tentaram a 16 de Março o "golpe
das Caldas da Rainha"
e que se encontravam presos na Casa de Reclusão da Trafaria.
Os órgãos de comunicação social também eram
de crucial importância controla-los. Para isso coube à RTP (única
emissora televisiva da época) ser tomada pela então, Escola Prática
de Administração Militar, (operação;
código Mónaco) já
que se situava na mesma rua, (Alameda das Linhas de Torres em Lisboa).
A antiga Emissora Nacional, actual RDP na rua do Quelhas foi tomada com meios
limitados pelos capitães Oliveira Pimentel e Frederico de Morais mais
40 praças de especialidades diversas do Campo de Tiro da Serra da Carregueira.
Na rua Sampaio Pina à porta da Rádio Clube Português estão
estacionados homens do BC5 dali perto (Campolide) chefiados pelo capitão
Santos Coelho e pelo Major Costa Neves da Força Aérea o qual
no momento da tomada do RCP é questionado pelo porteiro; se não
podiam aparecer após as 9 horas da manhã, que sempre já
lá estaria mais gente para os receber!
Costa Neves e seus camaradas forçam a entrada e é esse o posto
escolhido para emissor do MFA. Como previram que as forças do regime
pudessem cortar as ligações às antenas do RCP do Porto
Alto, tal como vieram a tentar, então a guarda das antenas ficaram a
cargo da Escola Prática de Engenharia, de Tancos que também controlou
a ponte de Vila Franca de Xira e a casa da moeda em Lisboa.
Então através do RCP o MFA apresenta-se ao país pela 1ª
vez às 4:26 (estava previsto ser às 4 horas mas o engano de percurso
da EPI em Camarate atrasou o comunicado) a voz é do jornalista Joaquim
Furtado: "Aqui
posto de comando do Movimento das Forças Armadas...".
A programação é alterada e passa o hino nacional, marchas
militares e canções de protesto e de contestação.
Sucedem-se os comunicados escritos por Victor Alves e Lopes Pires no quartel
da Pontinha, que eram lidos aos microfones do RCP. Mediante esta situação
os ouvintes ficam a par do desenrolar dos acontecimentos.
Mas a missão principal cabe ao capitão Salgueiro Maia e seus
homens da Escola Prática de Cavalaria, vindos de Santarém ficam-lhes
encarregues várias acções desde de "despiste" ou seja; chamar a atenção
das forças fiéis ao regime através dum itinerário
ostenta tório no sentido de dispersar as capacidades inimigas. E ainda
de controlar o Banco de Portugal, a Rádio Marconi e o Terreiro do Paço.
Ali, o ministro do Exército, general Andrade e Silva perante a situação
manda abrir à picareta um buraco na parede do gabinete por onde foge
mais os ministros da Marinha, da Defesa e do Interior acompanhados de militares
de altas patentes.
Antes do golpe a Marinha e a Força Aérea haviam sido contactadas
para aderirem mas garantiram a neutralidade. Mas o capitão-de-fragata
Seixas Louçã que comandava a fragata "Almirante Gago Coutinho" integrada na NATO e com grande poder de
fogo, resolve, ameaçar disparar sobre o Terreiro do Paço.Ao que
é posta ao corrente das baterias de artilharia, já prontas a
disparar, posicionadas nas colinas junto ao Cristo Rei. A tripulação
ao saber rebela-se e ao fim da manhã a fragata retira-se e vai fundear-se
no Alfeite.
Momento importante, quando a coluna EPC é interceptada na Avenida Ribeira
das Naus por tropas fieis ao regime comandadas pelos brigadeiro Junqueira dos
Reis e o tenente-coronel Ferrand d'Almeida, com tanques Patton M47. É
o próprio Salgueiro Maia que vai tentar dialogar, saindo a pé
e de lenço branco na mão hasteado e uma granada escondida na
outra, ao que o brigadeiro dá ordens para disparar sobre o capitão
mas que ninguém obedece! E depois mesmo alguns tanques de Cavalaria
7 passam-se para o lado de Salgueiro Maia.
Outro momento muito importante dá-se às 5 horas quando o Major
Silva Pais director-geral da PIDE/DGS dá conhecimento ao presidente
do Conselho (função que equivale actualmente à de primeiro-ministro),
Marcelo Caetano dos acontecimentos que este ainda desconhecia.
Referindo que a situação era grave e dando instruções
para se refugiar o mais depressa possível no Comando-Geral da GNR no
Largo do Carmo porque era um dos sítios que não se encontrava
sitiado e que passava mais despercebido. Mas que veio a revelar-se uma grande
armadilha! Primeiro porque soube-se da sua entrada no Quartel do Carmo às
6 horas, ao que o major Otelo deu ordens para Salgueiro Maia se dirigir para
o Largo do Carmo e sitiar completamente o quartel para que não houvesse
fugas pelas traseiras. Na ida da coluna de Salgueiro Maia para o Largo do Carmo,
uma companhia do RI 1 comandada pelo capitão Fernandes tenta bloquear
a passagem mas após curto diálogo, passam-se para o lado dos
revoltosos.
Embora em telefonemas mais tarde tentassem convencer Otelo que Caetano não
se encontrava lá mas Otelo sabia que era para as forças do regime
ganharem tempo. E segundo porque quando as individualidades mais importantes
ligadas ao regime foram socorridas pelo ar, por um helicóptero como
no caso do Regimento de Lanceiros 2, esse mesmo helicóptero tentou ajudar
a fuga de Marcelo Caetano, só que não havia sítio para
o helicóptero aterrar e por isso Marcelo Caetano receoso permaneceu
encurralado no Quartel do Carmo com blindados apontados e ouvindo uma multidão
crescente que tinha acordado dum sono profundo ou que tinha aprendido ou descoberto
nesse dia que existiam outras coisas como democracia e liberdade. E gritavam:
Por vingança e palavras de ordem contra a ditadura e guerra colonial
e outras coisas. Salgueiro Maia depois terá mesmo pedido calma ao povo
de megafone em punho.
Mesmo que o regime não caísse as coisas já não
seriam mais como antes, o povo nesse dia tinha ouvido coisas novas e ficou
a saber em que tipos de regime e que tipos de politicos governavam o país
por isso aderiram de imediato ao Movimento das Forças Armadas! O tempo
passava a GNR não reagia numa tentativa de ganhar tempo. Maia dá
um ultimato à GNR mas nada!
No Posto de Comando desesperavam e Otelo envia um bilhete escrito a Maia: "Com metralhadoras rebenta com as
fechaduras do portão, que é para saberem que é a sério!" Ás 15:10 são dados 10 minutos.
(Temia-se que um helicóptero afecto às Forças do Regime
pudesse largar uma bomba sobre as forças revoltosas no Largo do Carmo).
Após o prazo esgotado, às 15:25 as metralhadoras duma viatura
chaimite disparam contra a frontaria do quartel. Como não houvera reacção
da parte do quartel, passado algum tempo um blindado toma posição
de canhão apontado e é nesse momento que surgem dois civis: Pedro
Feytor Pinto e Nuno Távora, quadros da Secretaria de Estado da Informação
e Turismo, medianeiros entre Spínola e Caetano, este último melindrado
com a situação dizia: "Não
quero que o poder cai na rua".
Feytor Pinto telefona a Otelo que em nome do MFA, mandata o general Spínola
para receber a rendição de Caetano. Às 18 horas, chega
Spínola de automóvel com farda Nº 1. Caetano submete-se
e entrega a Spínola o poder e pede protecção. Spínola
transmite a Caetano a intenção do MFA de o enviar para o Funchal.
(Iria partir para o Funchal no dia seguinte pelas 7 horas, a ele juntaram-lhe
também entre outros o Presidente da Republica Almirante Américo
Tomás que durante a longa noite da revolução não
deu sinal de vida, como se não fosse nada com ele, passou o dia na sua
casa no Restelo, saindo sobre escolta para o aeroporto).
E assim às 19:30 sai do quartel o chaimite "Bula", no interior vão Marcelo Caetano
e António Spínola em direcção à Pontinha,
por entre uma multidão eufórica que celebra a "Liberdade" com cravos vermelhos. Às 19:50 é
emitido o comunicado: "O
Posto de Comando do MFA informa que se concretizou a queda do Governo, tendo
Sua Excelência o Professor Marcelo Caetano apresentado a sua rendição
incondicional a sua Excelência o General António de Spínola". Logo após as 20 horas é
lida no RCP a "Proclamação
do Movimento das Forças Armadas".
E à 1:30 já do dia 26/4/74 aparecem na televisão as novas
caras do poder: A Junta de Salvação Nacional, como presidente,
António de Spínola, em que lê uma proclamação
ao país: Um novo regime. A democracia. A paz.
PORTUGAL - Anterior ao 25/4/74
e suas causas
Desde as lutas liberais
na primeira metade do século XIX que o país vive divisões
e conflitos internos. Ainda assim foi um período de progresso sobretudo
na segunda parte do século XIX, contudo a tensão foi enorme nas
últimas décadas da monarquia e que se acentuara após a
república, com sucessivos governos a "caírem"
e inflações
descontroladas. É neste cenário de instabilidade e marasmo que
na sequência dum golpe militar (de generais a 28/05/1926) que inicia-se
o "estado
novo"
e que viria a terminar também através dum golpe militar (mas
de capitães em 25/4/1974).
António Oliveira Salazar que no inicio era ministro das finanças,
teve o dom de controlar a inflação, passou a presidente do conselho
aquando da remodelação do governo em 1933, começando aí
a designação "Estado
Novo".
De inspiração fascista (como em alguns países na Europa
à época).
Regime fortemente centralizado pelo governo/estado e ditatorial. Para isso
conseguiu impor finalmente uma acalmia e uma ordem social no país, contando
para isso com uma polícia específica para o efeito. Primeiramente
PVDE (Policia de Vigilância e de Defesa do Estado).
Depois alteraram o nome para PIDE (Policia Internacional e de Defesa do Estado)
este foi o nome que perdurou mais tempo, por fim DGS (Direcção
Geral de Segurança) já com Marcelo Caetano em presidente do conselho
de ministros (1968) após saída de Salazar por incapacidade sobretudo
física provocada por uma queda quando sentado numa cadeira em São
Pedro do Estoril que também lhe provocou lesões cerebrais.
Após a 2ª guerra mundial o mundo transformava-se enquanto Portugal
mantinha-se estático e inabalável como se o tempo tivesse parado.
As potências coloniais começavam a desfazer os seus impérios
enquanto Portugal mantinha o seu império através da força
de defesa militar, que teve inicio em 1961 na Guiné-Bissau e que depressa
se estendeu à Angola e Moçambique. (Já nesse ano de 1961
Portugal tinha perdido as praças de Goa, Damão e Diu para a União
Indiana).
A guerra em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau aumentava, o inimigo
cada vez mais bem apetrechado belicamente sobretudo com armas Soviéticas
mas também Americanas. O inimigo actuava em guerrilha no mato. Os anos
sucediam-se e a guerra sem fim à vista cansava o sector militar que
já mostrava algum cansaço.
Na Guiné-Bissau a situação era já tão descontrolada
que na reunião da ONU de 25/9/73, 47 países reconheceram a Guiné-Bissau
como independente! A sociedade civil também descontente em que as famílias
Portuguesas viam os seus filhos partirem para uma guerra longe com um tempo
de serviço militar obrigatório quase sempre superior a três
anos! A fadiga e o descontentamento militar levaram os militares a fazerem
reuniões secretas que começaram em Agosto e Setembro de 1973
e que se prolongaram pelo inicio de 1974. (Em 22/2/74 sai o livro "Portugal e o futuro" de A. Spínola).
No inicio de 1974 Marcelo Caetano em visita a Londres foi recebido em ambiente
hostil e de contestação devido à situação
colonial. Das reuniões secretas nasce a ideia do golpe de 16/4/74 do
Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha (cerca de 200 homens entre praças,
sargentos e oficiais), que mal planeado, a 3 quilómetros de Lisboa souberam
que estavam sozinhos e voltaram para trás, vindo a ser detidos. 11 ficaram
detidos na Trafaria.
Ficou no pensamento dos militares amigos dos detidos irem salva-los mas sem
serem presos, daí o golpe de estado "25
de Abril"
ter-se dado pela questão militar do Ultramar e não pela razão
do regime ser uma ditadura anti-democrática e contra a liberdade de
expressão, já que politicamente os opositores ao regime estavam
exilados ou presos e não tinham qualquer poder ou forma de fazer face
ao regime pela força. A sua força era a cultura de outros ideais
que irritavam o governo fascista que queria manter a situação
imutável e o povo na ignorância. |
VIVA O DIA 25 DE ABRIL |
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Quarta-feira 19.4.2023 (às15h00)TMG) |

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Faleceu
Maria Irene Brito Moura
Faleceu hoje
(quarta-feira) em Seia, Maria
Irene Brito Moura, de
82 anos de idade (16.3.1941)
O Funeral
vai ser realizado em Seia, onde será sepultada no cemitério
local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Domingo 16.4.2023 (às10h00)TMG) |
41º. Aniversário
Bombeiros Voluntários de Loriga
Hoje está
de Parabéns a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga, ao celebrarer o 41º. Aniversário da sua fundação
16.4 1982, um sonho tornado realidade depois de um longo percurso levado a
efeito por Loriguenses de evidenciado bairrismos, simbolizados na figura de
Herculano Leitão (12.8.1914 - 13.4.1997) o grande impulsionador.
Recordando alguns
recortes da história das Instalações do Quartel dos Bombeiros,
devemos dizer que quando da sua fundação em 1982, começou
a funcionar, a título provisório, numa dependência do prédio
da Fundação Cardoso de Moura, situado na Rua Coronel Reis (Rua
da Amoreira).
Entretanto, uma casa pré fabricada em madeira, que o povo chamava de
"Barracão" instalada no Largo do Santo António, que
servia de apoio às obras do saneamento público em curso na Vila
de Loriga, foi esta transferida deste local para o Bairro das Penedas, na altura
em que se estava a iniciar a construção deste novo Bairro, para
ali projetado. Com a colocação desta casa pré-fabricada
naquele local, surgiu de imediato a ideia, de ali instalar, ainda que provisoriamente,
a sede dos Bombeiros o que aconteceu no ano de 1984. Assim, o "Barracão",
ficou para a história da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de Loriga, como o seu primeiro quartel
Nessa altura era também utilizada a garagem da casa do senhor Horácio
Ortigueira ali bem perto do Bairro das Penedas, que foi destinada para guardar
a ambulância ou outras viaturas, tendo sido de importância vital
a disponibilidade dessas instalações para esse efeito, assim
como, ali chegou a ser guardado muita da documentação relacionada
quando da fundação e dos primeiros anos dos Bombeiros.
Ao ser fundada a Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Loriga, de imediato foi idealizado a construção
de um Quartel dos Bombeiros. Só que, por mais vontade que houvesse,
a mesma foi sendo adiada, não só pela falta de terrenos disponíveis,
mas também, porque os locais e terrenos anunciados nem sempre tinham
o consenso geral.
Na década de 1990, foi projetado a construção de um mercado
em Loriga, sendo designado uma das parcelas dos terrenos da "Malhada da
Redondinha" e, na restante parcela daquele terreno, veio mais tarde a
ser construída a Escola EB 2.3 Dr. Reis Leitão.
Assim, no ano de 1989, começaram as obras para a construção
desse mercado, no local mais conhecido por "Volta", obras que se
arrastaram ao longo de cinco anos, sem que o mercado ali fosse instalado, com
o imóvel já concluído, surgiu então a ideia de,
nesse imóvel, instalar provisoriamente os Bombeiros até à
construção do um novo Quartel, tendo até sido efetuadas
algumas alterações para esse efeito.
Finalmente em 1995, ficaram concluídas as obras de alteração
daquele imóvel e, de imediato, para ali se mudou a instituição
dos Bombeiros, onde permaneceu longos anos, apesar de deixarem de ter condições
para dar resposta às atuais necessidades da nossa corporação
dos Bombeiros Voluntários de Loriga.
Finalmente, nos últimos anos do século passado, foi encontrada
a solução do terreno para a construção do Quartel,
começando então um longo percurso burocrático com vista
à expropriação do terreno no local conhecido pelo "Tapado"
localizado no Outeiro, onde hoje são as instalações.
Em 21 de Agosto 2006, tiveram inicio as obras para a onstrução
do Quartel do Bombeiros. data que ficou registada na história da Vila
de Loriga e desta Associação, com a movimentação
das máquinas e a população loriguense poder assim constatar
finalmente com esta realidade do início da obra, que era uma carência
à muita reclamada e de inteira necessidade.
Foi-se depois conhecendo avanços e recuos, até que finalmente
no ano de 2012, as obras tiveram um impulso bem significativo, que mesmo considerando
a obras ainda não estarem terminadas, em 31 de Agosto de 2012, foi concluída
a transferência dos Bombeiros para o novo Quartel,sendo assim concretizado
o sonho, ficando também previsto mais lá para a frente a cerimónia
oficial da sua inauguração, o que veio assim acontecer. |

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Instalações
dos Bombeiros (Ano 1984) |
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Instalações
dos Bombeiros até Agosto/2012 |
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Actual Instalações
dos Bombeiros a partir de Agosto/2012 |
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Quinta-feira 13.4.2023 (às12h00)TMG) |
Recordar um Efeméride
Ano 1933 - A "Chuva das Estrelas"
Faz neste mês
de Abril 90 anos, de um fenómeno bem visível pela noite no céu
da Europa, que originou um pânico generalizado, quando "estrelas cadentes" numa constante movimentação,
pareciam querer cair na Terra, que o povo passou a cognominar como a
"Chuva das Estrelas".
Nessa noite também em Loriga e por escritos existentes, dá-nos
conta de o acontecimento ter sido bem contemplado no firmamento, que motivou
um enorme receio e pânico, com grande parte da população
a refugiar-se na Igreja Paroquial, que ficou completamente á pinha sem
mais ninguém poder caber, com toda a gente a rezar devotamente e com
muita fé, levando ao pensamento de todos que era o fim do mundo. |

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"Recordamos
que durante muito tempo as "estrelas cadentes" foram interpretadas
como corpos atmosféricos misteriosos e atribuía-se-lhes
o prenúncio de eventos maléficos. Os gregos sabiam já
que este fenómeno não correspondia à mudança
ou queda de estrelas reais, pois estas eram fixas e distantes, mas
não encontraram uma explicação para os rastos
luminosos do firmamento.
Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas cadentes"
ou meteoros, como corretamente deve ser designado, é produzido
por pequenos corpos, não maiores que uma ervilha, que, gravitando
em torno do Sol, ao atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre,
tornam-se incandescentes pelo choque com as moléculas de ar,
reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o solo". |
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Terça-feira
11.4.2023
(às21h00)TMG) |

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Faleceu
Maria de Lurdes Lages Pinto
Faleceu hoje
terça-feira em Fátima onde vivia, Maria
de Lurdes Lages Pinto,
de 87 anos de idade (15.6.1935)
O seu corpo
será cremado, com o funeral a ser realizado em Fátima,
onde as suas cinzas irão repousar no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |

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Sábado 8.4.2023 às11H00) TMG
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89º. Aniversário
- Do Grupo Desportivo Loriguense -
Faz hoje
89º. Aniversário da fundação do nosso popular
Grupo Desportivo Loriguense, (8 de Abril de 1934) fundado pelos Srs.
Manuel Gomes Leitão;
Carlos Nunes Pina; António Nunes Ribeiro e Joaquim Gonçalves
Brito, quando,
na década de 1930, muita juventude despontava já para
a prática do desporto, sendo o desporto e a cultura os principais
objectivos dessa fundação.
O primeiro equipamento do Grupo Desportivo, em segunda mão,
foi oferecido por Manuel Gomes Leitão, um dos fundadores. A
primeira Sede foi no Terreiro da Lição, quatro anos depois
em 1938, passou a ser na Rua Viriato onde ali esteve sediada durante
75 anos.
Em 2013 a sede do Grupo Desportivo Loriguense, passou para a Rua do
Regato (antigas instalações do Bombeiros Voluntários
de Loriga) instalações cedidas, a título comodato,
depois de obras de restauro que foi preciso efectuar, por motivo de
estarem muito degradadas.
Parabéns ao
nosso popular Grupo Desportivo Loriguense |
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Arquivo das Noticias
inseridas (últimos meses) aqui no "Actualidades" |
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Leia
e divulgue o Jornais de Loriga, que existem a pensar nos Loriguenses
e nos amigos de Loriga
Jornal "Garganta de Loriga" - Propriedade e Administração
da ANALOR - Sacavém
Jornal Boletim Paroquial "A NEVE" - Propriedade e Administração
Paroquial - Loriga |
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Grupo de Música
Tradicional Portuguesa "Grupo Coral da ANALOR"
Contacto:
ANALOR (Associação dos Naturais e Amigos de Loriga - Sacavém,
Telef.214917640 - Email.-
analor@netcabo.pt |
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Uma ajuda para com mais
rapidez entrar no tema do seu interesse |
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Set/1999 - net/prod.©
c.Site AMMPina (Ano 2009) |
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