Sábado 28.4.2023 (às9h00)TMG) |

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Faleceu
Maria Celina Neves Nunes Madeira
Faleceu
ontem sexta-feira em Várzea (Santarém) onde vivia,
Maria Celina
Neves Nunes Madeira,
de 80 anos de idade (1942) natural de Loriga
O
Funeral vai ser realizado hoje sábado na localidade
de Várzea, pelas 9h30, onde será sepultada no
cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Quinta-feira 27.4.2023 (às13h00)TMG) |

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Faleceu
Irene Alves Moura Ribeiro
Faleceu
esta madrugada, Irene
Alves Moura Ribeiro,
de 90 anos de idade (25.2.1933) que se encontrava bastante
doente
Recorde-se
que esta nossa conterrânea era utente, já algum
tempo, na Casa de Repouso da Nossa Senhora da Guia em Loriga
O Funeral vai ser realizado em Loriga, onde será sepultada
no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Terça-feira
25.4.2023(às07h30)TMG |
O 25 de Abril
- A Revolução dos Cravos
- A História do 25 de Abril -
No
dia 25 de Abril é comemorado a "Revolução
dos Cravos"
que pôs fim ao período salazarista com a derrubada
de Marcelo Caetano. Portugal, hoje membro da Comunidade Europeia,
era um país atrasado em relação ao continente
europeu. O país de Camões não vivia o
melhor momento de sua história, o último império
colonial da Europa pagava caro por este título. Angola,
Moçambique e Guiné estavam em guerras de libertação
da matriz desde os anos 60, além do desprestígio
causado pelas conquistas de Goa, Damão e Diu, pela Índia.
Portugal era integrante da ONU e da OTAN, mesmo assim era condenado
por seus aliados, inclusivo, pela sua política colonialista
e ditatorial.
O esforço de guerra colonial produzia um serviço
militar de quatro anos de duração, repressão
às opiniões contrárias à guerra,
partidos e movimentos políticos, exílio de líderes
da oposição e controle da imprensa e sindicatos.
Todos eram suspeitos aos olhos do governo considerado fascista.
A revolução de 25 de Abril de 1974 representa
muito mais que uma mudança na história do Portugal.
Ela é o marco do fim do ciclo imperial iniciado com
a expansão marítima no século XV. A revolução
portuguesa deu esperanças aos país latinos a
lutar contra as suas ditaduras.
No Chile havia sido imposto uma ditadura em nome da "liberdade", "democracia" e "mundo livre"
em
11 de Setembro de 1973 com apoio do governo estadunidense.
Ou seja, seis meses apenas antes da Revolução
dos Cravos.
O motivo da revolução é simples e pode
ser resumido nos três dês: democratizar, descolonizar
e desenvolver, que só seriam possíveis com o
fim do salazarismo. António de Oliveira Salazar assumiu
o cargo de Presidente do Conselho de 1932 até 1968.
Governou o país com mão-de-ferro até à
sua retirada por incapacitação física.
Marcelo Caetano assume o seu lugar e mantém o regime
por mais seis anos. Salazar tentou manter a todo o custo o
fim do período colonial e dirigiu Portugal sob linha
dura até a sua morte.
Com a substituição de Salazar por Marcelo Caetano,
a expectativa pela liberalização do país
aumentou, muito embora a demanda por mudanças superasse
a meta do governo de fazer uma transição lenta,
gradual e segura; para eles, obviamente. |

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Nos anos
70, os portugueses estavam descontentes com a decadência económica
produzida pelo atraso da nação e do financiamento às
guerras coloniais. Os sectores de médio e baixo escalão
das forças armadas estavam ainda menos satisfeitos com guerras
inúteis e governos que não os representavam.
Surge o "Movimento
dos Capitães".
Eles conviviam com o sentimento de exploração, antipatia
popular e o medo de serem culpados por uma nova derrota nas colónias,
assim como, ocorreu nos territórios indianos. O Movimento cresce
no verão de 1973/1974 e, desta vez, o povo passa a apoiar a
causa dos militares como única via para acabar com o salazarismo.
O regime de 48 anos cai quase sem derramamento de sangue em poucas
horas com a adesão da população. O golpe não
foi uma surpresa. Em 16 de Março, oficiais de vários
quartéis realizaram um golpe frustrado contra o regime. O "putsch das Caldas da Rainha" serviu de ensaio para o golpe
fatal contra o regime salazarista.
Meia-noite e vinte minutos de 25 de Abril de 1974, neste horário
era dada a senha para o início do fim. A Rádio Renascença
executa "Grândola,
Vila Morena"
de Zeca Afonso, uma música proibida pela ditadura. Marcelo Caetano
é "convidado" a retirar-se e se exila no Brasil,
que vivia os anos negros da ditadura militar. A população
festeja o fim da ditadura distribuindo cravos, a flor nacional, aos
soldados rebeldes.
A revolução dos cravos teve três fases distintas.
Até o golpe de 11 de Março de 1975 não se sabia
quem controlava o país. O general António de Spínola
assume a Presidência e toma atitudes polémicas como legalizar
todos os partidos políticos, inclusive o Partido Comunista.
As forças de esquerda ganham cada vez mais força no país
e em Setembro a MFA (Movimento das Forças Armadas) passa a dominar
o governo. A MFA era influenciada pelo PCP. No mesmo ano de agitações
políticas, as colónias africanas de Angola, Moçambique,
Cabo Verde e Guiné-Bissau conseguem suas soberanias políticas.
Era um desejo popular acabar com a ditadura, mas ao mesmo tempo era
um golpe militar de facto. A peculiaridade aumenta com a segunda fase
do golpe, iniciada pela tentativa frustrada de golpe de Spínola.
O novo governo passa a ser controlado pelos generais Costa Gomes, Otelo
Saraiva de Carvalho e Vasco Gonçalves.
Depois do 11 de Março 1975 o país começou a tomar
de vez o rumo da esquerda. Bancos, indústrias e empresas de
média foram nacionalizados, além do início da
reforma agrária. Neste período é registado uma
migração em massa para o Brasil. Em menos de um ano,
cerca de meio milhão de portugueses se mudam para o continente
americano num novo processo migratório.
Simbolo do 25 Abril
A vitória
do moderado Partido Socialista de Mário Soares nas eleições
para a Assembleia Constituinte em Abril de 1975, traz um novo momento
ao período revolucionário. Inconformados com esta reviravolta,
oficiais de extrema-esquerda tentam, sem sucesso, um novo golpe em
25 de Novembro de 1975. Esta tentativa frustrada põe fim ao
período revolucionário.
Mesmo assim, a revolução portuguesa foi um marco para
a redemocratização da península Ibérica
e da América Latina. Ela foi decisiva para as eleições
que trouxeram derrotas aos governos "democráticos" no Brasil e em outros países
latino-americanos sem cheiro nem sabor.
A revolução mudou de vez a vida dos portugueses. A Carta
Magna de 1976 incluiu temas sociais, garantiu o processo de reforma
agrária e a independência das colónias. No mesmo
ano, o general António Ramalho Eanes é eleito presidente
da República. Este foi o mesmo comandante que esmagou a rebelião
de oficiais de esquerda. Com a derrota, Mário Soares tem de
governar com a minoria no congresso. Em 1978 renuncia ao cargo devido
a grave crise económica.
Mesmo atravessando instabilidades políticas, como a do fim da
década de 70, a democracia sobreviveu em Portugal com a alternância
entre os partidos de direita e esquerda. Actualmente, os portugueses
comemoram o 25 de Abril como uma data que fez o país renascer
do obscurantismo e do fascismo.
Dia 24 de Abril - Véspera
da Revolução dos Cravos
Otelo Saraiva
de Carvalho por volta das 22 horas do dia 24/4/1974 fardado com blusão
de cabedal chega ao Regimento de Engenharia Nº1, na Pontinha.
É ali que o major acompanhado de outros oficiais: Os tenentes-coronéis
Garcia dos Santos e Lopes Pires, o comandante Victor Crespo, os majores
Sanches Osório e José Maria Azevedo, o capitão
Luís de Macedo.
Ali instalam o posto de comando num pequeno anexo com as janelas tapadas
por alguns cobertores, sobre a mesa uns papéis manuscritos e
um mapa de estradas do Automóvel Clube de Portugal edição
de 1973 que fazia de carta operacional com os esboços das movimentações,
sendo a base do "plano
geral das operações" que se dividia em duas zonas.
Zona Norte que começava no eixo a sul do Porto e Lamego para
norte. Zona Sul desse eixo para sul, dividido em quatro sectores; Sector
Norte, até a sul de Coimbra, Sector Centro até norte
de Santarém, Sector Sul daí para sul, Sector Lisboa que
também incluía Santarém. Dali do Posto de Comando
com o nome de código "Óscar"
dão
o conhecimento da situação e as instruções
às unidades militares de todo o país envolvidas nas operações.
O primeiro sinal como combinado seria dado pelo então posto
"Emissores
Associados de Lisboa"
às 22:55. João Paulo Dinis era lá locutor e fizera
a tropa em Bissau sob as ordens de Otelo, daí a escolha de Otelo.
E cabe a Dinis às 22:55 dar voz e escolher a canção
"E
Depois Do Adeus"
de Paulo de Carvalho, canção vencedora desse ano do Festival
da Canção RTP e que iria a alguns dias representar Portugal
no Festival da Eurovisão. A segunda senha é dada na "Rádio Renascença". Otelo fazia ponto de honra que
fosse uma canção do Zeca Afonso e estava indeciso entre
"Venham
Mais Cinco"
e "Trás
Outro Amigo Também" eram
as suas preferidas mas logo os seus camaradas fizeram notar que seriam
canções muito óbvias e que iriam suscitar desconfiança.
Foi assim que o jornalista Carlos Albino sugeriu "Grândola Vila Morena" e é esta que acaba por
ir para o ar no programa "Limite"
de
Paulo Coelho e Leite de Vasconcelos que antes de pôr o disco
recita a primeira quadra de "Grândola
Vila Morena".
São 0:20 e grande parte das forças envolvidas põe-se
em movimento.
O Quartel-General da Região Militar de Lisboa é o centro
nevrálgico das "Forças
do Regime". O
edifício é tomado pelo Batalhão de Caçadores
5 com o código "Canadá". A mesma unidade também
se encarrega de proteger a residência do general António
de Spínola, o general Francisco Costa Gomes não foi alvo
de protecção porque não dormiu em casa.
Importante é também o aeroporto da Portela, operação
com o código
"Nova Iorque" que
fica encarregue à Escola Prática de Infantaria (EPI)
de Mafra que às portas de Lisboa a coluna militar perde-se nas
ruas e becos escuros de Camarate.
Junto ao aeroporto o capitão Costa Martins esperava a coluna
da Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra e desesperava
e decide neutralizar sozinho de pistola em punho a guarda do aeroporto
e entrou mesmo na torre de controlo fazendo "bluff" durante mais duma hora dizendo
que o aeroporto estava cercado e para se interditar o espaço
aéreo português imediatamente.
A Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra, quando chega
toma de imediato conta do aeroporto e ainda neutraliza o Regimento
de Artilharia Ligeira 1 em Lisboa junto ao aeroporto. A Escola Prática
de Transmissões fazia as escutas telefónicas militares
das forças do regime que depois transmitia ao Posto de Comando.
O Regimento de Cavalaria 3 de Estremoz vem a Lisboa com a missão
de controlar a Ponte Sobre o Tejo, tomando posições do
lado sul do Tejo (Pragal). Enquanto nas colinas adjacentes à
ponte de ambos os lados a Escola Prática de Artilharia de Vendas
Novas toma posições apontando baterias junto ao Cristo
Rei, para o Terreiro do Paço e Monsanto. A mesma unidade depois
vai lá baixo à Trafaria libertar os militares que tentaram
a 16 de Março o "golpe
das Caldas da Rainha"
e que se encontravam presos na Casa de Reclusão da Trafaria.
Os órgãos de comunicação social também
eram de crucial importância controla-los. Para isso coube à
RTP (única emissora televisiva da época) ser tomada pela
então, Escola Prática de Administração
Militar, (operação;
código Mónaco) já
que se situava na mesma rua, (Alameda das Linhas de Torres em Lisboa).
A antiga Emissora Nacional, actual RDP na rua do Quelhas foi tomada
com meios limitados pelos capitães Oliveira Pimentel e Frederico
de Morais mais 40 praças de especialidades diversas do Campo
de Tiro da Serra da Carregueira. Na rua Sampaio Pina à porta
da Rádio Clube Português estão estacionados homens
do BC5 dali perto (Campolide) chefiados pelo capitão Santos
Coelho e pelo Major Costa Neves da Força Aérea o qual
no momento da tomada do RCP é questionado pelo porteiro; se
não podiam aparecer após as 9 horas da manhã,
que sempre já lá estaria mais gente para os receber!
Costa Neves e seus camaradas forçam a entrada e é esse
o posto escolhido para emissor do MFA. Como previram que as forças
do regime pudessem cortar as ligações às antenas
do RCP do Porto Alto, tal como vieram a tentar, então a guarda
das antenas ficaram a cargo da Escola Prática de Engenharia,
de Tancos que também controlou a ponte de Vila Franca de Xira
e a casa da moeda em Lisboa.
Então através do RCP o MFA apresenta-se ao país
pela 1ª vez às 4:26 (estava previsto ser às 4 horas
mas o engano de percurso da EPI em Camarate atrasou o comunicado) a
voz é do jornalista Joaquim Furtado: "Aqui posto de comando do
Movimento das Forças Armadas...".
A programação é alterada e passa o hino nacional,
marchas militares e canções de protesto e de contestação.
Sucedem-se os comunicados escritos por Victor Alves e Lopes Pires no
quartel da Pontinha, que eram lidos aos microfones do RCP. Mediante
esta situação os ouvintes ficam a par do desenrolar dos
acontecimentos.
Mas a missão principal cabe ao capitão Salgueiro Maia
e seus homens da Escola Prática de Cavalaria, vindos de Santarém
ficam-lhes encarregues várias acções desde de
"despiste" ou seja; chamar a atenção
das forças fiéis ao regime através dum itinerário
ostenta tório no sentido de dispersar as capacidades inimigas.
E ainda de controlar o Banco de Portugal, a Rádio Marconi e
o Terreiro do Paço.
Ali, o ministro do Exército, general Andrade e Silva perante
a situação manda abrir à picareta um buraco na
parede do gabinete por onde foge mais os ministros da Marinha, da Defesa
e do Interior acompanhados de militares de altas patentes.
Antes do golpe a Marinha e a Força Aérea haviam sido
contactadas para aderirem mas garantiram a neutralidade. Mas o capitão-de-fragata
Seixas Louçã que comandava a fragata "Almirante Gago Coutinho" integrada na NATO e com grande
poder de fogo, resolve, ameaçar disparar sobre o Terreiro do
Paço.Ao que é posta ao corrente das baterias de artilharia,
já prontas a disparar, posicionadas nas colinas junto ao Cristo
Rei. A tripulação ao saber rebela-se e ao fim da manhã
a fragata retira-se e vai fundear-se no Alfeite.
Momento importante, quando a coluna EPC é interceptada na Avenida
Ribeira das Naus por tropas fieis ao regime comandadas pelos brigadeiro
Junqueira dos Reis e o tenente-coronel Ferrand d'Almeida, com tanques
Patton M47. É o próprio Salgueiro Maia que vai tentar
dialogar, saindo a pé e de lenço branco na mão
hasteado e uma granada escondida na outra, ao que o brigadeiro dá
ordens para disparar sobre o capitão mas que ninguém
obedece! E depois mesmo alguns tanques de Cavalaria 7 passam-se para
o lado de Salgueiro Maia.
Outro momento muito importante dá-se às 5 horas quando
o Major Silva Pais director-geral da PIDE/DGS dá conhecimento
ao presidente do Conselho (função que equivale actualmente
à de primeiro-ministro), Marcelo Caetano dos acontecimentos
que este ainda desconhecia.
Referindo que a situação era grave e dando instruções
para se refugiar o mais depressa possível no Comando-Geral da
GNR no Largo do Carmo porque era um dos sítios que não
se encontrava sitiado e que passava mais despercebido. Mas que veio
a revelar-se uma grande armadilha! Primeiro porque soube-se da sua
entrada no Quartel do Carmo às 6 horas, ao que o major Otelo
deu ordens para Salgueiro Maia se dirigir para o Largo do Carmo e sitiar
completamente o quartel para que não houvesse fugas pelas traseiras.
Na ida da coluna de Salgueiro Maia para o Largo do Carmo, uma companhia
do RI 1 comandada pelo capitão Fernandes tenta bloquear a passagem
mas após curto diálogo, passam-se para o lado dos revoltosos.
Embora em telefonemas mais tarde tentassem convencer Otelo que Caetano
não se encontrava lá mas Otelo sabia que era para as
forças do regime ganharem tempo. E segundo porque quando as
individualidades mais importantes ligadas ao regime foram socorridas
pelo ar, por um helicóptero como no caso do Regimento de Lanceiros
2, esse mesmo helicóptero tentou ajudar a fuga de Marcelo Caetano,
só que não havia sítio para o helicóptero
aterrar e por isso Marcelo Caetano receoso permaneceu encurralado no
Quartel do Carmo com blindados apontados e ouvindo uma multidão
crescente que tinha acordado dum sono profundo ou que tinha aprendido
ou descoberto nesse dia que existiam outras coisas como democracia
e liberdade. E gritavam: Por vingança e palavras de ordem contra
a ditadura e guerra colonial e outras coisas. Salgueiro Maia depois
terá mesmo pedido calma ao povo de megafone em punho.
Mesmo que o regime não caísse as coisas já não
seriam mais como antes, o povo nesse dia tinha ouvido coisas novas
e ficou a saber em que tipos de regime e que tipos de politicos governavam
o país por isso aderiram de imediato ao Movimento das Forças
Armadas! O tempo passava a GNR não reagia numa tentativa de
ganhar tempo. Maia dá um ultimato à GNR mas nada!
No Posto de Comando desesperavam e Otelo envia um bilhete escrito a
Maia:
"Com metralhadoras rebenta com as fechaduras do portão,
que é para saberem que é a sério!" Ás 15:10 são dados
10 minutos. (Temia-se que um helicóptero afecto às Forças
do Regime pudesse largar uma bomba sobre as forças revoltosas
no Largo do Carmo). Após o prazo esgotado, às 15:25 as
metralhadoras duma viatura chaimite disparam contra a frontaria do
quartel. Como não houvera reacção da parte do
quartel, passado algum tempo um blindado toma posição
de canhão apontado e é nesse momento que surgem dois
civis: Pedro Feytor Pinto e Nuno Távora, quadros da Secretaria
de Estado da Informação e Turismo, medianeiros entre
Spínola e Caetano, este último melindrado com a situação
dizia: "Não
quero que o poder cai na rua".
Feytor Pinto telefona a Otelo que em nome do MFA, mandata o general
Spínola para receber a rendição de Caetano. Às
18 horas, chega Spínola de automóvel com farda Nº
1. Caetano submete-se e entrega a Spínola o poder e pede protecção.
Spínola transmite a Caetano a intenção do MFA
de o enviar para o Funchal. (Iria partir para o Funchal no dia seguinte
pelas 7 horas, a ele juntaram-lhe também entre outros o Presidente
da Republica Almirante Américo Tomás que durante a longa
noite da revolução não deu sinal de vida, como
se não fosse nada com ele, passou o dia na sua casa no Restelo,
saindo sobre escolta para o aeroporto).
E assim às 19:30 sai do quartel o chaimite "Bula", no interior vão Marcelo
Caetano e António Spínola em direcção à
Pontinha, por entre uma multidão eufórica que celebra
a "Liberdade"
com
cravos vermelhos. Às 19:50 é emitido o comunicado: "O Posto de Comando do MFA
informa que se concretizou a queda do Governo, tendo Sua Excelência
o Professor Marcelo Caetano apresentado a sua rendição
incondicional a sua Excelência o General António de Spínola". Logo após as 20 horas é
lida no RCP a "Proclamação
do Movimento das Forças Armadas". E à 1:30 já do
dia 26/4/74 aparecem na televisão as novas caras do poder: A
Junta de Salvação Nacional, como presidente, António
de Spínola, em que lê uma proclamação ao
país: Um novo regime. A democracia. A paz.
PORTUGAL - Anterior
ao 25/4/74 e suas causas
Desde as
lutas liberais na primeira metade do século XIX que o país
vive divisões e conflitos internos. Ainda assim foi um período
de progresso sobretudo na segunda parte do século XIX, contudo
a tensão foi enorme nas últimas décadas da monarquia
e que se acentuara após a república, com sucessivos governos
a "caírem"
e inflações
descontroladas. É neste cenário de instabilidade e marasmo
que na sequência dum golpe militar (de generais a 28/05/1926)
que inicia-se o "estado
novo"
e que viria a terminar também através dum golpe militar
(mas de capitães em 25/4/1974).
António Oliveira Salazar que no inicio era ministro das finanças,
teve o dom de controlar a inflação, passou a presidente
do conselho aquando da remodelação do governo em 1933,
começando aí a designação "Estado Novo". De inspiração fascista
(como em alguns países na Europa à época).
Regime fortemente centralizado pelo governo/estado e ditatorial. Para
isso conseguiu impor finalmente uma acalmia e uma ordem social no país,
contando para isso com uma polícia específica para o
efeito. Primeiramente PVDE (Policia de Vigilância e de Defesa
do Estado).
Depois alteraram o nome para PIDE (Policia Internacional e de Defesa
do Estado) este foi o nome que perdurou mais tempo, por fim DGS (Direcção
Geral de Segurança) já com Marcelo Caetano em presidente
do conselho de ministros (1968) após saída de Salazar
por incapacidade sobretudo física provocada por uma queda quando
sentado numa cadeira em São Pedro do Estoril que também
lhe provocou lesões cerebrais.
Após a 2ª guerra mundial o mundo transformava-se enquanto
Portugal mantinha-se estático e inabalável como se o
tempo tivesse parado. As potências coloniais começavam
a desfazer os seus impérios enquanto Portugal mantinha o seu
império através da força de defesa militar, que
teve inicio em 1961 na Guiné-Bissau e que depressa se estendeu
à Angola e Moçambique. (Já nesse ano de 1961 Portugal
tinha perdido as praças de Goa, Damão e Diu para a União
Indiana).
A guerra em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau aumentava,
o inimigo cada vez mais bem apetrechado belicamente sobretudo com armas
Soviéticas mas também Americanas. O inimigo actuava em
guerrilha no mato. Os anos sucediam-se e a guerra sem fim à
vista cansava o sector militar que já mostrava algum cansaço.
Na Guiné-Bissau a situação era já tão
descontrolada que na reunião da ONU de 25/9/73, 47 países
reconheceram a Guiné-Bissau como independente! A sociedade civil
também descontente em que as famílias Portuguesas viam
os seus filhos partirem para uma guerra longe com um tempo de serviço
militar obrigatório quase sempre superior a três anos!
A fadiga e o descontentamento militar levaram os militares a fazerem
reuniões secretas que começaram em Agosto e Setembro
de 1973 e que se prolongaram pelo inicio de 1974. (Em 22/2/74 sai o
livro "Portugal
e o futuro"
de A. Spínola).
No inicio de 1974 Marcelo Caetano em visita a Londres foi recebido
em ambiente hostil e de contestação devido à situação
colonial. Das reuniões secretas nasce a ideia do golpe de 16/4/74
do Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha (cerca de 200 homens
entre praças, sargentos e oficiais), que mal planeado, a 3 quilómetros
de Lisboa souberam que estavam sozinhos e voltaram para trás,
vindo a ser detidos. 11 ficaram detidos na Trafaria.
Ficou no pensamento dos militares amigos dos detidos irem salva-los
mas sem serem presos, daí o golpe de estado "25 de Abril" ter-se dado pela questão
militar do Ultramar e não pela razão do regime ser uma
ditadura anti-democrática e contra a liberdade de expressão,
já que politicamente os opositores ao regime estavam exilados
ou presos e não tinham qualquer poder ou forma de fazer face
ao regime pela força. A sua força era a cultura de outros
ideais que irritavam o governo fascista que queria manter a situação
imutável e o povo na ignorância. |
VIVA O DIA 25 DE ABRIL |
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Quarta-feira 19.4.2023 (às15h00)TMG) |

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Faleceu
Maria Irene Brito Moura
Faleceu
hoje (quarta-feira) em Seia, Maria
Irene Brito Moura, de
82 anos de idade (16.3.1941)
O
Funeral vai ser realizado em Seia, onde será sepultada
no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |
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Domingo 16.4.2023 (às10h00)TMG) |
41º. Aniversário
Bombeiros Voluntários de Loriga
Hoje está
de Parabéns a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loriga, ao celebrarer o 41º. Aniversário da sua fundação
16.4 1982, um sonho tornado realidade depois de um longo percurso levado
a efeito por Loriguenses de evidenciado bairrismos, simbolizados na
figura de Herculano
Leitão (12.8.1914
- 13.4.1997) o grande impulsionador.
Recordando
alguns recortes da história das Instalações do
Quartel dos Bombeiros, devemos dizer que quando da sua fundação
em 1982, começou a funcionar, a título provisório,
numa dependência do prédio da Fundação Cardoso
de Moura, situado na Rua Coronel Reis (Rua da Amoreira).
Entretanto, uma casa pré fabricada em madeira, que o povo chamava
de "Barracão" instalada no Largo do Santo António,
que servia de apoio às obras do saneamento público em
curso na Vila de Loriga, foi esta transferida deste local para o Bairro
das Penedas, na altura em que se estava a iniciar a construção
deste novo Bairro, para ali projetado. Com a colocação
desta casa pré-fabricada naquele local, surgiu de imediato a
ideia, de ali instalar, ainda que provisoriamente, a sede dos Bombeiros
o que aconteceu no ano de 1984. Assim, o "Barracão",
ficou para a história da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de Loriga, como o seu primeiro quartel
Nessa altura era também utilizada a garagem da casa do senhor
Horácio Ortigueira ali bem perto do Bairro das Penedas, que
foi destinada para guardar a ambulância ou outras viaturas, tendo
sido de importância vital a disponibilidade dessas instalações
para esse efeito, assim como, ali chegou a ser guardado muita da documentação
relacionada quando da fundação e dos primeiros anos dos
Bombeiros.
Ao ser fundada a Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Loriga, de imediato foi idealizado a construção
de um Quartel dos Bombeiros. Só que, por mais vontade que houvesse,
a mesma foi sendo adiada, não só pela falta de terrenos
disponíveis, mas também, porque os locais e terrenos
anunciados nem sempre tinham o consenso geral.
Na década de 1990, foi projetado a construção
de um mercado em Loriga, sendo designado uma das parcelas dos terrenos
da "Malhada da Redondinha" e, na restante parcela daquele
terreno, veio mais tarde a ser construída a Escola EB 2.3 Dr.
Reis Leitão.
Assim, no ano de 1989, começaram as obras para a construção
desse mercado, no local mais conhecido por "Volta", obras
que se arrastaram ao longo de cinco anos, sem que o mercado ali fosse
instalado, com o imóvel já concluído, surgiu então
a ideia de, nesse imóvel, instalar provisoriamente os Bombeiros
até à construção do um novo Quartel, tendo
até sido efetuadas algumas alterações para esse
efeito.
Finalmente em 1995, ficaram concluídas as obras de alteração
daquele imóvel e, de imediato, para ali se mudou a instituição
dos Bombeiros, onde permaneceu longos anos, apesar de deixarem de ter
condições para dar resposta às atuais necessidades
da nossa corporação dos Bombeiros Voluntários
de Loriga.
Finalmente, nos últimos anos do século passado, foi encontrada
a solução do terreno para a construção
do Quartel, começando então um longo percurso burocrático
com vista à expropriação do terreno no local conhecido
pelo "Tapado" localizado no Outeiro, onde hoje são
as instalações.
Em 21 de Agosto 2006, tiveram inicio as obras para a onstrução
do Quartel do Bombeiros. data que ficou registada na história
da Vila de Loriga e desta Associação, com a movimentação
das máquinas e a população loriguense poder assim
constatar finalmente com esta realidade do início da obra, que
era uma carência à muita reclamada e de inteira necessidade.
Foi-se depois conhecendo avanços e recuos, até que finalmente
no ano de 2012, as obras tiveram um impulso bem significativo, que
mesmo considerando a obras ainda não estarem terminadas, em
31 de Agosto de 2012, foi concluída a transferência dos
Bombeiros para o novo Quartel,sendo assim concretizado o sonho, ficando
também previsto mais lá para a frente a cerimónia
oficial da sua inauguração, o que veio assim acontecer. |

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Instalações
dos Bombeiros (Ano 1984) |
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Instalações
dos Bombeiros até Agosto/2012 |
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Actual
Instalações dos Bombeiros a partir de Agosto/2012
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Quinta-feira 13.4.2023 (às12h00)TMG) |
Recordar um Efeméride
Ano 1933 - A "Chuva das Estrelas"
Faz neste
mês de Abril 90 anos, de um fenómeno bem visível
pela noite no céu da Europa, que originou um pânico generalizado,
quando "estrelas
cadentes" numa
constante movimentação, pareciam querer cair na Terra,
que o povo passou a cognominar como a
"Chuva das Estrelas".
Nessa noite também em Loriga e por escritos existentes, dá-nos
conta de o acontecimento ter sido bem contemplado no firmamento, que
motivou um enorme receio e pânico, com grande parte da população
a refugiar-se na Igreja Paroquial, que ficou completamente á
pinha sem mais ninguém poder caber, com toda a gente a rezar
devotamente e com muita fé, levando ao pensamento de todos que
era o fim do mundo. |

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"Recordamos
que durante muito tempo as "estrelas cadentes" foram
interpretadas como corpos atmosféricos misteriosos e
atribuía-se-lhes o prenúncio de eventos maléficos.
Os gregos sabiam já que este fenómeno não
correspondia à mudança ou queda de estrelas reais,
pois estas eram fixas e distantes, mas não encontraram
uma explicação para os rastos luminosos do firmamento.
Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas
cadentes" ou meteoros, como corretamente deve ser designado,
é produzido por pequenos corpos, não maiores
que uma ervilha, que, gravitando em torno do Sol, ao atingirem
em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes
pelo choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na
maioria a pó antes de alcançarem o solo". |
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Terça-feira 11.4.2023 (às21h00)TMG) |

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Faleceu
Maria de Lurdes Lages Pinto
Faleceu
hoje terça-feira em Fátima onde vivia, Maria
de Lurdes Lages Pinto,
de 87 anos de idade (15.6.1935)
O
seu corpo será cremado, com o funeral a ser realizado
em Fátima, onde as suas cinzas irão repousar
no cemitério local
À
família de luto os mais sentidos pêsames |

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Sábado 8.4.2023
às11H00)
TMG
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89º. Aniversário
- Do Grupo Desportivo Loriguense -
Faz
hoje 89º. Aniversário da fundação
do nosso popular Grupo Desportivo Loriguense, (8 de Abril de
1934) fundado pelos Srs. Manuel
Gomes Leitão; Carlos Nunes Pina; António Nunes
Ribeiro e Joaquim Gonçalves Brito, quando, na década
de 1930, muita juventude despontava já para a prática
do desporto, sendo o desporto e a cultura os principais objectivos
dessa fundação.
O primeiro equipamento do Grupo Desportivo, em segunda mão,
foi oferecido por Manuel Gomes Leitão, um dos fundadores.
A primeira Sede foi no Terreiro da Lição, quatro
anos depois em 1938, passou a ser na Rua Viriato onde ali esteve
sediada durante 75 anos.
Em 2013 a sede do Grupo Desportivo Loriguense, passou para
a Rua do Regato (antigas instalações do Bombeiros
Voluntários de Loriga) instalações cedidas,
a título comodato, depois de obras de restauro que foi
preciso efectuar, por motivo de estarem muito degradadas.
Parabéns
ao nosso popular Grupo Desportivo Loriguense |
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