A Industria de Loriga


Loriga, Vila Industrial

A Vila de Loriga, foi sempre através dos tempos, caracterizada como Vila Industrial, onde as fábricas de Lanifícios, as fábricas de Malhas e ainda uma Firma Metalúrgica, foram desde sempre de grande valor económico e social para esta localidade.


A Industria de Lanifícios em Loriga

As primeiras referências sobre os Lanifícios em Portugal, datam do século XVII, mais precisamente ao ano 1675.
Em alguns registos de Loriga do século XVIII, vamos encontrar dados concretos da existência já nessa altura de um próspero negócio de lã, a matéria prima para a Industria de Lanifícios.
Nessa época a lã era manufacturada sem nenhum auxilio mecânico e, por isso mesmo, durante muitos anos, foi usada a fabricação doméstica, com teares manuais a trabalhar em diversas casas, ou com as escarameadeiras (mulheres que farripavam a lã depois de lavada tirando os ciscos e outras aderências) nas casas dos próprios fabricantes.
A partir dos meados do século XIX, começam então a construir-se as primeiras Fábricas que, durante mais de um século, foram de grande laboração e de enorme movimentação industrial.
Apesar das deficientes vias de comunicação que obrigava o transporte das matérias-primas no dorso dos animais de carga, Loriga, era em 1881, a localidade mais industrializada na aba ocidental da Serra da Estrela, com várias unidades de produção têxtil, empregando mais de 200 operários.
As primeiras Fábricas a serem construídas em Loriga, foram por iniciativa de Manuel Mendes Freire e José Marques Guimarães, que na altura, eram já uns conceituados negociantes em Lã.
Em 1872 o Jornal "O Conimbricense" publicado em Coimbra, escreveu sobre as Fábricas de Lanifícios em Loriga, onde publicava que havia nesta Vila quatro fábricas, três a funcionar e outra começada, que se deviam unicamente aos esforços particulares.
À medida que iam procedendo na mecanização das Fábricas em Loriga, os industriais Loriguenses, recorriam ao mercado da Covilhã, no sentido de contratarem especializados.
Na última década do século XIX, chegou a Loriga um belga de nome Pierre, por onde se manteve até 1898; Joaquim F. Nogueira, que em Loriga constituiu família e veio a ser o pai do Cónego Manuel Fernandes Nogueira; um senhor de nome Teles, que viria a falecer já muito velhinho; Adriano de Sousa Torrão; António Ramos e muitos outros, que não sendo de Loriga, ficaram para sempre ligados à Industria de Lanifícios desta localidade.
A partir de 1930, e após a construção da estrada que passou a ligar São Romão a Loriga, a Industria de Lanifícios em Loriga, foi-se modernizando, de maneira a poder competir com a sua congénere do país.
Por esse motivo e durante anos, era considerada a Vila mais industrializada do Concelho de Seia e também do Distrito da Guarda.

Tear antigo que fez parte da antiga Fábrica da redondinha (Textil Manuel Carvalho LDA)

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As Fábricas de Lanifícios no Passado

Aqui se faz a descrição de alguns dos registos mais relevantes das Fábricas de Lanifícios de Loriga, quando no seguimento da modernização, ocorrida a partir da terceira década do Século XX.

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Fábrica da Fonte dos Amores

Fundada em 1856 por Manuel Mendes Freire, Manuel Moura Luís e Abílio Luís Brito Freire, cardava e fiava lã para frises, saragoças e palmilhas.
Possuía uma roda hidráulica de madeira com força de 16 cavalos. Em 1899 passou para a firma Leitão & Irmãos e Companhia.
Tinha Secção de Cardação; Secção de Tinturaria e Secção de Ultimação.
Em 1939, foi construída a parte nova, reconstruído o prédio que tinha ardido, e também reconstruído a secção de tinturaria em 1954.
Consumia mensalmente em energia motriz e iluminação 11.477 KVH, equivalente a 6.923$00, ocupando uma área de 2.810 m2.
As máquinas que trabalhavam a vapor eram alimentadas por uma caldeira horizontal de vapor, que consumia 1.000 quilogramas de lenha por dia de oito horas
Trabalhando normalmente gastava por ano cerca de 70.000 de matérias primas. Fabricava todo o género de artigos cardados, tanto para homens como para senhoras, passando mais tarde a dedicar-se a artigos leves para senhoras, como crepes, popelinas etc., e também a fazenda de agasalho para inverno.

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Fábrica da Fândega

Fundada em 1862 por José Marques Guimarães, Na década de 1920, esta Fábrica passou a pertencer à Sociedade Carlos Nunes Cabral & Comp., e mais tarde passando a ser propriedade da firma Moura Cabral & Companhia.
Tinha duas rodas hidráulicas ambas no mesmo edifício junto à ribeira, uma roda de madeira com força de 30 cavalos, colocada no topo do edifício virado para o caminho, ou seja para o sul, e outra situada a nascente do edifício.
Produzia frises, saragoças e palmilhas. Encerrou definitivamente em 1949.
Sendo a primeira das fábricas, a paralisar, devido à impossibilidade de boas vias de acesso.

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Fábrica do Regato

Foi organizada em 1869 pela firma Plácido Luís de Brito & Companhia. O seu nome deve-se ao facto de ter sido construída na propriedade do mesmo nome. Tinha uma roda hidráulica com força de 15 cavalos. Esta roda foi dali retirada pouco depois do 25 de Abril de 1974, tendo sido a última das rodas a desaparecer, da chamada industria de lanifícios de Loriga.
Foi também construída a chamada "Fábrica de Cima" tendo sida edificada nesta um anexo em 1937. Substituiu a tecelagem manual pela mecânica em 1934 e em 1938 passou a ser a firma:-Pina Nunes & Companhia, sociedade que viria a terminar em 1950. Este edifício tinha também uma roda hidráulica, que tendo depois sido retirada foi substituída por um motor a gasóleo. Em 1962 encerrou definitivamente, como Fábrica de Lanifícios. Ocupava uma área total de 1.180 m2, sem contar com o anexo chamado Escaldadore. Tinha Secção de cardação e Secção de Ultimação.
Produzia por mês (em horário de 8 oitos diárias) 5.000 quilogramas de fio Nr.50, consumindo por ano cerca de 50.000 quilogramas de matérias primas (lã e outras fibras). Fabricava todos os artigos para homem e senhora, especialmente artigos cardados.
Mais tarde e até aos nossos dias, estas dependências passaram a laborar na actividade de malhas.

Uma das zonas Industrial de Loriga
Fábrica Regato e Redondinha - Ano 1950 -

Fábrica do Regato (Fábrica de baixo)
- Ano 1948 -

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Fábrica da Redondinha

Entrou em laboração já depois de 1878, e durante muitos anos pertenceu ao industrial Augusto Luís Mendes, que a geriu sob a firma Augusto Luís Mendes & Comp. Limitada.
Consumia mensalmente de energia eléctrica motriz e de iluminação 68.631 KWH, equivalente a 5.117$00 escudos. Ocupando uma área de 2.000 m2.
Tinha duas rodas hidráulicas, uma no edifício (onde até à pouco anos esteve instalada a firma Jomabril) e outra na casa de baixo onde até à poucos anos esteve instalada a firma de Manuel Carvalho.
O prédio de baixo, era o único quando iniciou a laboração. Em 1939, foram construídas novas instalações, tendo sido uma parte delas, devorada por um incêndio na década de 1950. Essas instalações, foram de imediato reconstruídas entrando novamente em laboração em 1954.
Tinha Secção de Cardação, Tecelagem, Tinturaria e Ultimação.
Encerrou em definitivo as suas portas, em princípios da década de 1970.

Foto interior da Fábrica da Redondinha - Ano 1919

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Fábrica Nova

Iniciou a sua actividade laboral em 1905 sendo fundada pelos sócios Augusto César Mendes Lages & José Gouveia Júnior, que mandaram construir um prédio de laboração e um outro separado do primeiro, por roda hidráulica. No ano 1920 passou para a firma -Moura Cabral & Companhia, tendo, em 1939, mandado construir outro prédio muito mais amplo, sobranceiro aos prédios iniciais. Mais tarde, em 1956, procederam a nova ampliação das instalações, fazendo novo prédio ainda de maiores dimensões.
Consumia mensalmente em energia motriz e iluminação 17.784 KVH, equivalente a 8.811$00 escudos, ocupando uma área total de 2.750 m2.
Tinha Secção de Cardação, Fiação, Tecelagem, Lavagem, Tinturaria e Ultimação.

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Fábrica das Lamas

Foi criada em 1932, por José Lages e, após o falecimento da sua esposa, passou a girar sob a firma:- Lages, Santos & Comp., pertencendo depois à firma Lages Santos & Sucessores, Lda.
Era alimentada por uma turbina hidráulica de 36 HP e um motor a gasóleo de 22 cavalos, que trabalhava na falta de água. Ocupava uma área de 1.140 m2.
Tinha Secção de Cardação, Fiação e Ultimação.
Produzia por mês (em horário de 8 horas) 2.000 quilogramas de fio Nr.50, que trabalhando normalmente consumia por ano, 38.000 quilos de lã e outras fibras.
Fabricava fazendas para moscous de sobretudos para homem e senhora. Encerrou definitivamente em 1972
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Mais tarde passou a pertencer à firma Pedro Vaz Leal e Comp., onde passou a desenvolver a actividade siderúrgica.

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Fábrica das Tapadas

Foi das primeiras fábricas a ser construída em Loriga, sendo atribuída a sua fundação a diversas pessoas. Em registos escritos em 1872, dão conta nesse ano da construção de uma casa bastante espaçosa e pertencente a diversos indivíduos, no sentido de sediarem ali uma fábrica. Este local hoje chamado "Tapadas" na altura da construção desse prédio era mais conhecido por "Águas Limpas".
Esta Fábrica durante a sua existência pertenceu a várias pessoas ou firmas e teve maior laboração a partir de 1918.
Entre algumas aqui se regista ter por ali passaram uma firma que teve como nome "Fábrica Nacional de Lanificios de Albano de Pina Mello".
Possuía uma roda de madeira, que durante grande tempo permitiu a sua actividade.
O último proprietário da Fábrica das Tapadas, foi Valério Cardoso, conhecido industrial e comerciante de Lãs, natural de Alvoco da Serra, casado com a senhora Filomena Santos Conde, de Loriga.
Encerrou definitivamente as suas portas, nas meadas da década de 1960. Alguns anos depois esta Fábrica das Tapadas foi transformada em casa de habitação.

Foto da Fábrica das Tapadas - Ano 1939

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Fábrica dos Leitões

Foi criada em 1899 pela firma Leitão & Irmãos e Companhia. Em 1948 passou a ser gerida sob firma Leitão & Irmãos. Foi ampliada no ano de 1939, parte das instalações foi devastada por um incêndio, tendo depois, em 1954 sido restaurada. Encerrou em 1967 e, tempos depois e até hoje, várias firmas de malhas por ali já passaram, mantendo assim em laboração todas as dependências desta antiga fábrica.
A fábrica Leitão & Irmãos, tinha duas rodas hidráulicas, uma no prédio de cima, outra no edifício de baixo. A roda de cima, foi retirada e no mesmo lugar foi construído um tanque hoje ainda existente. A prédio dos "bicos" assim chamado, nunca teve qualquer roda.
Em 1929 a Fábrica de Lanifícios da Estrela Leitão & Irmãos e Companhia, foi premiada com a medalha de prata na II Exposição das Beiras. Em 1932 foi também premiada com a medalha de prata na Grande Exposição Industrial Portuguesa.

Foto da Fábrica Leitão & Irmãos (Ano 1949)

A Leitão & Irmãos fechou as portas em 1967 no meio do ano. Em 1969 foi vendida em haste pública no Tribunal pelo melhor preço.

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Fábrica do Pomar - "Nunes Brito"

Fábrica fundada em 1929, após constituição de uma sociedade registada como Nunes & Brito, firma esta que laborou até 1948.
Consumia mensalmente de energia eléctrica em força motriz e iluminação, 6.015 KWH, equivalente a 3.700$00 escudos. Ocupando uma área de 1.938 m2. Tinha Secção de Cardação, Tecelagem, Tinturaria e Ultimação.
Em 17 de Fevereiro de 1948, e após escritura pública, a Fábrica do Pomar, passou a ser gerida pela firma:-
Nunes, Brito & Companhia, Limitada, criada por:- António Nunes Luíz; Alfredo Nunes Luíz; António João de Brito Amaro; António Nunes de Brito; António Nunes Ribeiro; José Nunes de Moura; Carlos Nunes Cabral; José da Silva Bravo e Maria dos Anjos Antunes de Moura.
Constava dos seus Estatutos, como sendo uma firma constituída com um capital social de 252.000$00, em que tinha a sua sede em Loriga, na Fábrica do Pomar, e tinha como objectivo a exploração da industria e comércio de lanifícios.
No ano de 1972, a Fábrica do Pomar passou a pertencer à firma:-Moura Cabral & Companhia.

Interior da Fábrica do Pomar (Ano 1939)

Fabrica Nunes Brito (Ano 1950)

Instalações da Fabrica Nunes & Brito (Ano 1950)


Amostras de Fazendas

Alguns recortes de Fazenda, eram pregadas em folhas normais de cadernos, para servirem de amostras de vendas.
Esta Folha de um caderno com amostras, tal qual aqui representada, foi encontrada ainda não há muitos anos, nas ruinas de uma das Fábricas, entretanto há muito encerrada.

Foto - Amostras de Fazenda (1959)


A Industria Metalúrgica em Loriga

Os primeiros apontamentos sobre esta industria, remota à década de 1930, e está praticamente relacionada, com a criação da Firma Metalúrgica Pedro Vaz Leal, que chegou a ser uma das maiores Firmas desta Vila e uma das principais do distrito da Guarda e do Concelho de Seia.
No entanto, foram sempre existindo em Loriga, oficinas de serralharia, que de entre outras se destaca pelo seu maior envolvimento as Oficinas de Serralharia de José Soares de Casegas, já não existente, e a de José Fernandes Moura (Família), ainda hoje em actividade.

As Oficinas Metalúrgicas no Passado

Aqui se dá conta de alguns registos mais relevantes de Oficinas Metalúrgicas de Loriga, fundadas como firmas familiares, vindo mais tarde a tornarem-se em Sociedades.

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Oficina Metalúrgica Pedro Vaz Leal

A Metalúrgica Vaz Leal, foi fundada por Pedro Vaz Leal em 1931. Foi no local conhecido por Cabeço, onde iniciou a sua laboração, cujo crescimento rápido foi bem visível, para a partir de então não mais parar.
Tempos depois e com o aumento dos quadros de pessoal, é transferida para o Terreiro da Lição, onde surge uma Oficina mais moderna, junto com a habitação onde passou a viver esse industrial e proprietário.
A expansão desta firma continuou a registar grandes progressos, por isso a necessidade de instalações mais amplas. Tendo sido contruído novas instalações na Vista Alegre, onde foi instalada a fundição, serviço automóvel e ainda venda de combustível.
Para ali viriam também a passar todos os serviços, deixando de ter actividade a oficina do Terreiro da Lição.
Anos mais tarde, e já depois da morte de Pedro Vaz Leal, a empresa veio a adquirir a antiga Fábrica das Lamas, junto à Ponte do "Zé Lages" ficando assim muito mais alargadas as suas instalações em Loriga.
Em 1994 deixou de pertencer maioritariamente aos herdeiros do seu fundador.

Oficina no Terreiro da Lição (Ano 1940)

Interior da Oficina (Ano 1945)

Interior da Oficina (Ano 1945)

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Oficina de Serralharia Mecânica
Joaquim Augusto Correia

No seguimento da existêncai de uma pequena oficina pertencente a José Casegas, é fundada a firma José Soares & Filho, já nessa altura sediada no local conhecido por "Outeiro" com o falecimento de José Casegas, passa para a posse de Joaquim Augusto Correia, o Joaquim "Casegas" como passou depois a ser conhecido.
Esta empresa que era mais conhecida pela Oficina de Serralharia do senhor Joaquim "
Casegas" esteve em atividade durante longos anos, mantendo sempre uma dimensão não de grande extensão, mas era muito especializada em todos os serviços elaborados, nomeadamente de Torneiro, Mecânica e Frenagem de rodas dentadas.
Deixou de funcionar encerrando as suas portas, quando do falecimento de Joaquim Augusto Correia em 23.8.1965.


A Industria de Malhas em Loriga

A partir da metade do século XX, a Vila Loriga conheceu uma nova fase na sua história, com o surgimento da Industria de Malhas, que veio a projectar esta localidade num novo desenvolvimento industrial, que continua hoje em dia a ser predominante.

As Fábricas de Malhas no Passado

Alguns apontamentos mais relevantes das Fábricas de Malhas em Loriga, que com a criação da primeira Fábrica em 1946, a partir de então e sistematicamente, foram abrindo muitas outras mais.

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Fábrica da Sociedade de Malhas de Loriga, Lda.

Foi esta a primeira Fábrica de Malhas criada em Loriga. Fundada em 1946, sob a gerência de Manuel Gomes Leitão Junior. Foi instalada no andar térreo da casa alugada. Consumia mensalmente de energia eléctrica cerca de 200$00.
Tinha ao seu serviço 9 operários e operárias e as seguintes máquinas, 4 Teares manuais; 1 meadeira, 1 bobinador e 8 máquinas de costura
Terminou a laboração em 1955, por desentendimento dos sócios.

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Fábrica de Malhas "RAMOP"

Fundada em 1952, por António Nunes Luíz; Joaquim Gonçalves de Brito e José Nunes Abreu, tendo a sua sede no lugar do Escaldadore (Escaldadeiro, como popularmente se chamava).
Consumia de energia eléctrica mensalmente cerca de 350$00 e tinha as seguintes máquinas:
Secção de Tecelagem:- 1 máquina de cardar, 1 meadeira, 1 bobinador e parafinador de 20 fusos e 5 teares.
Secção de Confecção e Acabamento:- 2 máquinas de coser e cortar, 1 máquina de casear e pregar botões, 2 máquinas de costura, 1 máquina de pregar botões.
Produzia por ano para cima de 8.000 peças de malhas para homens, senhoras e crianças, que eram consumidas nos mercados da Metrópole e Províncias Ultramarinas.
Empregava 4 operários, 20 operárias e 2 sócios administradores.

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Fábrica de Malhas Lorilan-Nunes & Compª.

Foi fundada em 1969, por Joaquim Fernandes Ferreira Simões, João Pereira da Costa e José Nunes Abreu este natural de Loriga.
Dedicava-se ao fabrico de malhas, que enviava para todo o país e também para o estrangeiro, onde o desenvolvimento e a qualidade produtiva, acompanhavam a expansão desta industria que chegou a atingir períodos áureos.
Em 1971 incorporou-se numa outra firma "Lorimalhas" entretanto criada nas antigas instalações da fábrica dos Leitões.
Sediada no Regato, ao longo da sua existência conheceu muitas gerências e várias modificações.

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Fábrica de Malhas " Lorimalhas"

Foi fundada em 1971, mas só ficou juridicamente criada em Maio de 1973, após incorporação das Malhas Abreu "Lorilan-Nunes & Compª. Ld.ª., que laborava desde 1969, na antiga fábrica do Regato.
A "Lorimalhas" que passou a ser a Empresa de Malhas Reunidas de Loriga, Lda., estava sediada na antiga fábrica dos Leitões, adquiridas em tribunal, ocupando uma área de 2.150 m2, tendo com esta incorporação a ter um total de 251 trabalhadores.
Dedicava-se ao fabrico de malhas exteriores, compondo-se de diversas secções: cardação, fiação, tricolagem, confecção, serviço de aprovisionamento, armazém de materiais primas, fios de produtos acabados e, naturalmente, a secção de planeamento, serviços administrativos e serviços comerciais.
Ao longo da sua existência, foram muitas a alterações na Administração desta empresa fabril
que teve períodos áureos em que a sua produção tinha conceitos e estilos de qualidade, reconhecidamente muito procurados e enviados para todo o país e para o estrangeiro, nomeadamente Europa e EUA, conquistando o título de imagem de marca das malhas de Loriga.
Em 1992, seria adquirida por outros empresários, passando a ser Empresa de Malhas Têxtil Loriseia, Lda.


A Industria de Loriga, no Presente

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Sociedade Têxtil Moura Cabral. S.A.
Lanifícios
Rua da Fândega
Apartado 1 * 6270 - 073 Loriga
Telef. 238/954008 PPC - Fax. 238/954035

Sediada no fim da Rua da Fândega, esta empresa faz parte da tradição fabril que remonta a meadas do Século XIX e então denominada Fândega. A Têxtil Moura Cabral conquistou o título de imagem de marca dos lanifícios de Loriga.
Durante três décadas, liderada por Carlos Moura Cabral Junior, tornou-se numa firma de sucesso no desenvolvimento e progresso, merecidíssima reconhecida no concelho e no país.
No últimos anos da década de 1990, foi adquirida por uma sociedade liderada por Valdemar Reis, ex emigrante no Luxemburgo, dinâmico empresário da região, que apoiando-se nos suportes financeiros da FRMERMI, SGPS, lançaram-se numa moderna gestão empresarial, num objectivo ambicioso e qualificado que lhes permite-se continuar a ser uma das mais importantes fábricas da Vila de Loriga e ainda a única sobrevivente de um período industrial áureo,
A capacidade produtiva instalada; a criação de uma ETAR própria que garantisse o respeito pelo ambiente, equipamento industrial novo (teares), outros objectivos com implicações no modelo de produção em que a lã dominará o produto final e ainda a modernização de estruturas internas, foi o horizonte dos novos responsáveis desta empresa.
A gestão do património veio então a conhecer diferentes conceitos e estilos, em que assentava as melhores expectativas de sucesso, no entanto hoje encontra-se ameaçada pelos dramáticas e vertiginosas mudanças que a globalização consigo arrasta, nomeadamente nesta industria de lanifício.

Fábrica Moura Cabral

Nota:- Esta firma encontra-se actualmente encerrada, encerramento ocorrido em Setembro de 2004, levando para o desemprego muitas famílias.


O Fim de uma era

Com o encerramento da última empresa Têxtil em Loriga no ano de 2004, os "Continos" passaram a fazer parte do Álbum de Recordações


M.P.L. Empresa de Malhas Pinto Lucas, Lda.
Rua do Regato
6270 - 099 Loriga

Foi constituída em 21 de Outubro de 1987, por José Pinto Lucas, Mário Pinto Lucas e Emílio Lucas Pinto, tendo dado inicio à actividade em 1 de Janeiro de 1988, sendo sediada no Regato nas instalações das antigas fábricas que ali chegaram a existir. Em Janeiro de 1994, a empresa é vendida a Valdemar Brito Reis e à firma Habinadeiros Lda., de Alvoco da Serra, propriedade de José Mendes Pinto (Cabalhanas).

Em Fevereiro de 1996, a empresa foi adquirida pela Firma Habinadeiros Lda., e José Mendes Pinto, tendo como gerentes Jorge Rebelo Mendes e António José Rebelo Mendes.
Na grande aposta de progresso e expansão, apoiando-se nos programas oficiais de incentivos, PEPID, S.I.P.I.E e I.A.P.M.E.I e dotados de uma visão estratégica, os administradores com esforço e determinação lançaram-se num projecto de grande envergadura e, num caminho do futuro que a tornaram numa firma moderna importante para o desenvolvimento industrial de Loriga.
A M.P.L. é uma empresa do sector têxtil e do vestuário que se dedica à fabricação dos artigos em malha de gama média e média alta, que se destinam preferencialmente ao vestuário exterior de homem, senhora e criança, para as Estações de Primavera/Verão e Outono/Inverno.
Seguramente o maior empreendimento industrial das últimas décadas em Loriga, o que é bem visível a imagem do dinamismo e coragem dos actuais proprietários. Onde a prioridade actual é sem dúvida a melhoria da qualidade, aos mais diferentes níveis e a produção de vestuário de maior valor, acrescentado como design inovador e de acordo com as tendências da moda, procurando progressivamente impor a sua marca nos mercados.
Com duplicação da área e novas instalações, modernização do parque industrial e novas tecnologias, avançam com um projecto global que lhes permite, com serenidade consolidar a empresa como uma das de maior futuro na região.
Em consonância com a actividade desenvolvida a MPL, empresa de malhas Pinto Lucas, Lda., tem por missão principal a satisfação dos seus clientes, através da produção de vestuário de malhas, garantindo uma boa relação qualidade/preço e cumprimento dos prazos estabelecidos, protegendo o meio ambiente.

Fabrica Pinto Lucas

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Empresa de Malhas "Jomabril"
Redondinha
6270 - 080 Loriga
Telefone 238/954081

Empresa de malhas fundada em 1993, por José Manuel Almeida Pinto e Joaquim Brito Lages, estando sediada na Redondinha, em antigas instalações de fábrica de têxtil ali existentes em tempos passados.
Dedicando-se à fabricação dos artigos em malha, conta com cerca de 20 empregados, sendo determinante o esforço dos seus responsáveis num maior desenvolvimento para projectos futuros.

Nota:- Esta firma encerrou no principio do ano 2005, levando para o desemprego 16 pessoas.

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Empresa de Malhas Têxtil "Loriseia, Lda."
Estrada Nacional Nr. 231 (Leitões)
Apartado 4 * 6270 - Loriga
Telef. 238/954083-954046 * Fax.238/954072

Instalações da Fábrica "Loriseira" (antiga Fabrica dos Leitões)

Sediada na antiga Fábrica dos Leitões, esta empresa, deu lugar à extinta "Lorimalhas" num negócio que terá rondado os 200.000 contos. Iniciou a sua laboração em 23 de Março de 1992, admitindo mais de 80% dos trabalhadores da ex-Lorimalhas, prevendo depois criar mais postos de trabalho.
Foi criada por sociedade com um capital social de 20.000 contos pertencentes, em parte iguais a um grupo de quatro pessoas, Valdemar dos Santos Reis; José A. Ribeiro de Matos; Abel Abrantes Nogueira e José Maria Pereira, que tinham em comum duas características importantes: dinamismo e espírito empreendedor.
Chegou a ter cerca de 100 empregados e durante os primeiros anos teve uma regular facturação que rondava a mais de 100 mil peças anuais.
Entretanto anos mais tarde esta sociedade foi desfeita, ficando à frente da mesma apenas um sócio, mas continuava a laborar em bom ritmo de laboração
A partir de 2001, entrou em crise. Decretou falência em 2003, após crise que se via acentuando e que se adivinhava a todo o momento no seu encerramento.

Nota:- Esta firma encontra-se actualmente encerrada, tendo com o seu encerramento levado para o desemprego cerca de 80 pessoas.

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Metalúrgica Vaz Leal, S.A
Estrada Nacional (Vista Alegre)
6270 - 080 Loriga
Telef. 238/954014-954802 - Fax. 238/954073

Sediada na Vista Alegre, esta empresa faz parte da tradição metalúrgica em Loriga, criada por Pedro Vaz Leal em 1931.
A capacidade produtiva com que sempre laborou, a inteligência empresarial de Pedro Vaz Leal e depois dos seus familiares, tornaram a Metalúrgica Vaz Leal numa empresa de sucesso em Loriga, que chegou a ser uma das mais importantes do distrito da Guarda.
Reconhecidamente como uma empresa industrial das mais importantes desta Vila, a sua laboração tem-se mantido em pleno funcionamento, apesar de, ter também conhecido ao longo dos anos acentuadas crises, que fez com que fosse deixando de ser empresa familiar, para se ir tornando numa sociedade e por isso várias alterações administrativas foram-se registando através dos tempos. Em 1994 deixou mesmo de pertencer maioritariamente aos herdeiros do seu fundador.
Sendo as Minas da Panasqueira desde sempre, o destino da maioria da sua produção, não será por acaso que, hoje em dia, é propriedade de empresários daquela região.

Instalações da Oficina Vaz Leal na Vista Alegre

Instalações da Oficina Vaz Leal nas Lamas (antiga fábrica do "Zé Lages")

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Rua do Teixeiro
6270 - 101 Loriga
Telef. 238/953323

A "Loripão - Indústria e Comercialização de Pão, Lda. é uma empresa de Loriga criada em 1987, que goza de grande notoriedade, e, com particular esforço e empenho, se afirma como referência marcante no tecido empresarial, gerida pela mão de Fernando António Brito Mendes, num sonho feito de tradição e inovação aliado ao seu espírito impulsionador e também como um caso empreendedor, alicerçada numa prática empresarial que envolve gerações na fabricação de pão, numa localidade de tradição.
Sedeada em Loriga, no Parque Natural da Serra da Estrela, Fernando António Brito Mendes e António Prates, criaram a
"Loripão" em Loriga, com num projecto bem definido de uma promissora empresa no ramo da panificação, onde uma gestão sábia dos seus responsáveis, não tardou que de imediato lhe ter sido conferido o título de marca de Loriga e da região serrana.

A tradição, a singularidade dos produtos cerealíferos (milho e centeio) e a excelente qualidade das suas águas, traçaram decisivamente o cunho da "Loripão" como uma marca de Loriga, mormente na produção da broa de milho, pão de trigo, bolo negro, e um variadíssimo sortido da doçaria regional, biscoitos, "peles de leitão", broínhas de azeite e de centeio e também finas e, ainda o mais variado sortido de bolos da doçaria portuguesa.
Sob a forte determinação do gerente, Fernando António Brito Mendes, ao adquirir um pavilhão-fábrica, hoje considerado o melhor e mais moderno da Região Centro, impulsionou a expansão desses produtos-bandeira, e, aliando a tradição e a inovação, consolidou uma imagem de valor reconhecido pelas grandes superfícies comerciais nacionais.
Na aquisição desse amplo edifício da antiga fábrica de lanifícios, toda ela construída em granito, foi na verdade uma ideia genial e ao mesmo tempo de audácia, levando em frente um investimento avultado que deu à
"Loripão", uma outra funcionalidade de expansão, um verdadeiro exemplo dos seus responsáveis, os quais, não querem de forma alguma fecharem-se ao mundo da panificação da qual fazem parte.
A
"Loripão" é um projecto na área da indústria da panificação e doçaria regional que teve como ponto de partida, por parte da sua gerência e seus colaboradores, a visão alargada dos novos conceitos de produção e distribuição dos produtos associados e em rede, dadas as novas exigências de qualidade que o mercado exige e os consumidores impunham aos empresários deste sector, com a integração na comunidade europeia.

Instalações da fabricação do produto "Loripão"

Instalações interiores da fabricação do produto "Loripão"

Desde 1987 que a "Loripão" é um projecto de futuro, todos os investimentos nos produtos e na qualificação dos seus trabalhadores, visaram consolidar a "Loripão" como uma equipa ganhadora, promotora do património gastronómico da vila de Loriga e da região, sem perder de vista as novas técnicas de produção, distribuição e marketing, aposta num exigente acompanhamento das normas de qualidade que permitirá a sua certificação pelo Instituto da Qualidade Alimentar.
A
"Loripão" pioneira na implementação de um projecto de expansão e ciente do potencial dos seus produtos, está atenta aos programas técnico-financeiros oficiais ou privados a ("Loripão" é membro da direcção da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares) que facultem o financiamento das suas políticas de expansão no território.
É também de relevo a valorização de parcerias por parte da sua gerência, que promovam a preservação de bons legados do passado, como são o milho e os moinhos, que permitam o incremento e assegurem a continuidade dos sabores aos quais há muito nos habituámos.
Como factor decisivo do seu negócio, a
"Loripão" aposta na produção de milho local e no apoio para a recuperação dos moinhos locais, visando uma política de parcerias com agricultores e demais empresários necessários à colocação dos seus produtos (comércio e restauração) assim como a divulgação sócio-cultural dos mesmos. A Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga tem-se afirmado e constituído parceira neste objectivo.
A actividade da
"Loripão" está centrada em produtos chave do património gastronómico local, de que são exemplo a Broa e o Bolo Negro de Loriga. É esta empresa que produz e possibilita que, diariamente, eles sejam consumidos em Loriga e em todo o país.
Acompanhando o progresso e o desenvolvimento que este ramo exige, é uma preocupação dos seus proprietários, torná-la numa empresa diferente, moderna e funcional, procurando ter os equipamentos das mais recentes tecnologias usados na produção e também embalagem, hoje muito importante e elementar nas regras que são exigidas na indústria alimentar, neste caso de panificação.

Mesmo no acompanhamento deste todo modernismo, está sempre presente no espírito dos seus responsáveis o fiel respeito a processos de fabrico tradicional, onde ao lado de equipamentos mais modernos, lá está o imponente forno de lenha e ainda uma simples e magnífica peneira accionada mecanicamente.
Sempre presente na sua ideia de expansão levou Fernando A. B. Mendes, já alguns anos largos, adquirir a
"Padaria do Claro" no Vinhô, alargando dessa forma o seu objectivo negocial. Poucos anos a esta parte foi a vez de adquirir a "Padaria Popular Lda." ficando dessa forma a ter a total comercialização do ramo da panificação na vila de Loriga. A sua produção diária, passou então a ser muito para além dos limites da região, estando a continuada no horizonte um crescimento de expansão ainda mais abrangente.
Sem dúvida que a
"Loripão - Indústria e Comercialização de Pão, Lda, é um sonho feito de tradição e inovação, que ao ter-se em conta de a sua fábrica produtiva estar instalada numa antiga fábrica de lanifícios, espelha bem nas recordação a continuação da história manufactora numa vila de grande tradição de fábricas, que faz parte de um povo laborioso através dos séculos.
A empresa
"Loripão - Indústria e Comercialização de Pão, Lda, tem hoje as suas instalações sediadas na Rua do Teixeiro, (escritório e a fábrica produtiva) e como instalações (depósitos de vendas) na Av. Augusto Luis Mendes, Rua Gago Coutinho e no Vinhô.

Instalações do Depósiro de Venda da da "Loripão" na Av.Augusto Luís Mendes

O bolo Pão Doce é um dos doces mais afamados


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