Os Templos
de Loriga e a sua história |
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A Igreja de Loriga |
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Igreja - Lado Parcial (Adro) |
Igreja - Parte frontal (Santo
Cristo) |
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Igreja Matriz de Loriga (interior) |
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Não se sabe, em concreto, desde
quando a existência da Igreja em Loriga, embora muitas tenham sido as pesquisas
que se têm vindo a efectuar nesse sentido.
Sabe-se, no entanto, que a data de 1233, inscrita numa pedra colocada por cima de uma
das portas laterais da igreja actual, nos possa confirmar a sua longa existência,
tendo em conta o facto de essa pedra ser visigótica.
A Igreja foi dedicada desde logo a Santa Maria Maior, um templo românico cuja
traça tinha semelhança com a da Sé de Coimbra.
É a partir do século XVIII que se conhece , em mais profundidade, a história
da história da Igreja em Loriga, havendo até quem se aventure a dizer
que sempre esteve situada no local onde hoje se encontra. Há até relatos
antigos o registo de que, o subsolo da igreja, sacristia e adro, estão cheios
de ossadas, uma vez que na Idade Média, era norma segundo o uso cristão
desses tempos, merecerem os defuntos sepultura eclesiástica, que era propriamente
na igreja e nos terrenos em redor da mesma. Em concreto, sabe-se, no ano de 1851, ter
sido sepultado ao fundo dos degraus do altar-mor o Reverendo Sebastião Mendes
de Brito, pároco de Loriga.
A Igreja de Loriga, através do que se conhece, já foi por diversas vezes
destruída sofrendo, por isso, diversas transformações, tendo em
conta os desabamentos ocorridos em virtude de terramotos que assolaram o país.
Assim, em 1755, aquando do grande terramoto que abalou o país, onde Lisboa ficou
completamente destruída, a igreja de Loriga desabou.
No Dicionário Geográfico, da autoria do Padre Cardoso, mandado elaborar
por ordem do Marquês de Pombal, por ocasião do terramoto de 1755, vamos
encontrar registos descritos onde o pároco de Loriga, João Roiz Ribeiro,
nos diz:
"A Parochia está situada
no meio da Villa ..... O Orago desta freguesia he a Senhora Santa Maria Mayor. A Egreja
tem sinco altares, hum as Sam Bento, houtro de Santa Luzia, houtro de Nossa Senhora
do Rozário e o houtro das Almas. Tem huma só nave e nam tem Irmandade
alguma ....Padeceu de ruína a capella mor desta Egreja em sua abóbeda
e paredes desta sorte, que nam conservao Santíssimo Sacramento nem imagens algumas
na dicta capela, de que já dei duas contas à mesa da consiensia e tenho
a certeza de que foram entregues. ......." (1)
Sendo novamente reconstruída, após o terramoto de 1755, já não
conservou a mesma feição arquitectónica da anterior, no entanto,
os registos dão-nos conta do seguinte:
"...era de estilo romano, com
três naves, tecto artesoado com altares correspondentes à traça
do templo .... A entrada para a torre e coro era feita pelo cheio da parede virada
a nascente, por escadaria (interior) que partia da porta lateral..."
No século seguinte, no mês de Setembro do ano de 1882 (2) novamente
se fez sentir no centro do país um tremor de terra e, por conseguinte também
muito sentido em Loriga, o qual pareceu, em principio, não ter grande gravidade.
Só que as consequências viriam mais tarde, quando todos pareciam já
ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era celebrada a missa, estalou a viga
mestra da igreja tendo, de imediato, sido efectuada a desocupação do
templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia aconteceu
o desabamento quase completo, tendo apenas ficado em pé a torre, apesar de muito
danificada.
Em 1884 foram terminados os trabalhos da reconstrução da igreja, que
a população local, toda unida, levou a efeito, chegando aos tempos actuais,
passando desde então a manter a mesma estrutura com uma ou outra modificação
de conservação que foi acontecendo.
No ano de 1929 foi ainda a igreja de Loriga, cenário de tragédia, quando
desabou um "palanque" construído em anexo ao coro, resultando a morte
de 2 pessoas e alguns feridos principalmente crianças.
A Igreja de Loriga tem, além do altar principal, mais quatro altares, todos
eles considerados de rara beleza, bem como as imagens que ali figuram. Tem também
coro e ainda uma torre onde os seus sinos fazem chegar bem longe os seus sons.
Houve, em tempos, a ideia de construir uma nova igreja noutro local da Vila, no entanto,
essa ideia não prevaleceu, mantendo-se a actual que, apesar de pequena, é
uma igreja antiga, bonita, verdadeiramente acolhedora e digna de ser visitada. |
(1) in Padre Cardoso, Dicionário Geográfico,
1758, fl. 1149 (transcrição original) |
(2)
Registos das memórias
"Para Constar" do
Padre António Mendes Cabral Lages. |
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Lampada do Santíssimo Sacramento
da Igreja |
Pensa-se ter sido a primeira oferta
dos beneméritos emigrantes Loriguenses no norte do Brasil. Remota ao século
XIX, mais precisamente da década de 1870. Esta prenda foi doada à igreja
de Loriga por uma família, quando do regresso à Pátria e à
sua terra, tendo sido adquirida em Lisboa.
Para registo aqui se menciona a família de emigrantes loriguenses que doou à
Igreja da sua terra, a Lampada do Santíssimo Sacramento, desde sempre muito
admirada na igreja de Loriga, pelas pessoas que a visitam:
"José Joaquim dos Reis, esposa Maria
Águeda Mendes Lemos e respectivos filhos,
e ainda um sobrinho de seu nome António
Reis". |
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Sacristia
da Igreja
Em 1926 foram efectuadas obras
de restauro na Sacristia da Igreja
de Loriga, que na altura estava em degradação. Depois das obras
realizadas em Janeiro de 1927, foi elaborado o projecto da colocação
de gavetões próprios de muita necessidade.
Hoje com mais de 80 anos passados ainda podemos ver o belo trabalho
levado a cabo na época, que demonstra a boa madeira utilizada, por isso,
desponta ainda hoje a sua conservação. |
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Como registo aqui se menciona um apontamento
existentes relacionado sobre os gavetões da Sacristia, e que se menciona na
integra: |
----- Declaração de venda
----- |
Madeira que vendi para os gavetões
da Sacristia:
- 20 Couçoeiras, sendo 15 a 18:000 reis e 5 a 15:000 reis,
importando todas em reis -----------345:000 reis
Loriga 24 de Janeiro de 1927
José Mendonça Cabral (Assinatura) |
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A Pedra Visigótica
da Igreja de Loriga |
Na parte superior
de uma das portas laterais da Igreja de Loriga, está colocada
uma pedra com a data de 1233, que estudos elaborados, deram a conhecer
que se trata de uma pedra dos tempos do Visigodos que reinaram na Península
Ibéria de 418 até 711, logo após a queda do Império
Romano.
Essa pedra pertenceria algum templo Visigótico, sendo depois
aproveitada para a Igreja onde ainda hoje se encontra. Igreja de Loriga
que foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima das ruínas
de um pequeno templo visigótico, tudo levando a crer portanto,
que foi então nessa altura da construção da igreja
que foi gravada a data do ano de 1233. Assim, essa pedra colocada por
cima de uma das portas laterais da igreja actual confirma a sua longa
existência, correspondendo à data da construção.
Construção por decisão real nesse sentido pelo
facto de Loriga pertencer à Vigariaria do Padroado Real. |
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Mais apontamentos sobre a Pedra
Visigótica * |
Pedra Visigótica que se encontra
numa das portas da Igreja de Loriga, cuja leitura foi feita por um considerado arqueólogo
Alemão. Só é conhecida outra igual em Braga e por ele considerada
uma enorme preciosidade de grande valor.
A data 1233 que tem gravada não corresponde à antiguidade da pedra, pelo
que se admite que lhe tenha sido aposta aquando da construção naquele
local da Igreja em substituição do pequeno templo visigótico ali
existente, ou mesmo avançando-se ter sido aposta quando da mudança da
primitiva Loriga (no chão do Souto) para o Lugar actual. |
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* Elementos fornecidos em 1953 pelo
senhor Padre Prata (Pároco de Loriga 1944-1966) a Joaquim Gonçalves de
Brito |
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Uma nova Igreja em Loriga - Ideia
nunca concretizada |
Durante longos anos houve ideias e
mesmo movimentos no sentido de construir uma nova Igreja em Loriga, em dada altura
dizia-se mesmo que a igreja tal como era parecia apenas uma capela, de grandes dimensões,
onde tinha apenas capacidade para 50% da população numa altura em que
o movimento demográfico em Loriga era de grande crescimento.
A ideia começou a surgir na década de 1940, chegando mesmo no ano de
1949 a ser constituída uma comissão - António Cardoso de Moura,
Carlos Nunes Cabral e Abílio Luís Duarte Pina - para levar em frente
a construção de uma nova igreja, tendo sido oferecido pelo senhor Cardoso
de Moura, o terreno, ou seja, a sua propriedade situada na "Carreira", no
entanto, este local parece nunca ter um consenso favorável por parte da Diocese
da Guarda.
Nos anos da década de 1950 e ainda de 1960, a ideia parecia ter mesmo um sentido
único de levar em frente a construção de uma nova igreja em Loriga,
com o Pároco da época, senhor Padre António Roque Abrantes Padre,
a ser o mais entusiasta e fervoroso defensor dessa ideia. Eram constantemente falados
vários locais, um que chegou a ser muito falado foi o terreno no Reboleiro,
onde depois mais tarde, numa parte dele, seria construído a Corporativa Popular
Loriguense.
De qualquer das formas, o que pareceu também sempre ter existido, foi nunca
ter uma verdadeira dimensão o consenso generalizado para a construção
de uma nova igreja, que por isso, por este ou por aquele motivo, nunca foi levada em
frente como se previa e como era de grande necessidade nesses tempos.
Nessas épocas corriam também rumores das muitas divergências entre
a igreja local e alguns industriais de Loriga, que parece ter sido uma das principais
causas de a ideia não ter o verdadeiro caminho de Loriga poder a ter uma nova
igreja.
Os tempos entretanto foram mudando e, hoje chega-se à conclusão que se
em Loriga de outras eras, a igreja de facto era pequena para a população,
hoje infelizmente parece chegar para as necessidades. |
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Capela
do Santo Cristo |
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Imagem de Nosso Senhor
na Capela de Santo Cristo
(Igreja Matriz de Loriga) |
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A Capela de Santo Cristo,
é parte integrante da Igreja Matriz de Loriga e, é assim designada,
por nela se encontrar a imagem de Nosso Senhor com a Cruz aos ombros.
De pequena dimensão, tem uma porta principal para uma das ruas da Vila,
e uma outra porta de acesso directo à Igreja, junto ao altar.
É verdadeiramente expressiva a imagem de Nosso Senhor com a Cruz aos
ombros, que Loriga se orgulha de possuir, e que foi feita nesta vila, por um
"artista" loriguense, que morreu ao contemplar a sua obra. Segundo
uma lenda, ao acabar de esculpir a imagem o "artista" teria ouvido
dos próprios lábios de Jesus estas palavras: - "onde me miras-tes que tão bem me retratas-tes"
Em tempos em que a população era muito mais e, porque a Igreja
Paroquial propriamente dita, era pequena para tanta gente, esta capela era
uma mais valia, pois era para ali que muitas pessoas iam para assistir às
missas ou outras cerimónias litúrgicas.
Por esse motivo, foi feito um pequeno "palanque" num dos cantos,
a onde passou a estar até aos tempos actuais, nunca voltando a ser colocado
no centro da capela, como sempre se conheceu e que melhor podia ser vista,
através dos vidros, uma imagem linda de verdade e digna de poder ser
admirada, de onde saia apenas e praticamente só pela altura da Quaresma
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Nota:- Não se realiza Festa exclusivamente
dedicada ao Santo Cristo. |
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Capela
de Nossa Senhora de Fátima |
Fazendo parte integrante da
igreja Matriz de Loriga, este local de recolhimento, onde se situa o Altar
da Nossa Senhora de Fátima, tem sido sempre conhecido como a "Capelinha"
dedicada a esta Virgem.
O altar moldado em madeira ornamentada e, a beleza da imagem da Virgem ali
presente, faz daquele pequeno lugar, um local de veneração e
de oração à Padroeira de Portugal.
Tem uma porta de acesso directo à Sacristia e, por ser parte complementar
da Igreja, por norma não são ali celebradas missas ou outros
cultos religiosos, considerando uma ou outra excepção.
Uma dessas excepções ocorreu quando, após ordem eclesiástica,
o Sr. Padre Lages deixou de poder celebrar missa no altar-mor, passando então
este sacerdote a celebrar as suas missas neste altar de Nossa Senhora de Fátima,
durante algum tempo.
É também no altar desta capelinha, que se encontra a imagem de
Santo António, desde que a sua capela, onde esteve durante séculos,
foi demolida em nome do progresso.
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Capela da Nossa Senhora
de Fátima
(Igreja Matriz de Loriga) |
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Nota:- Não se realiza Festa exclusivamente
dedicada à Nossa Senhora de Fátima em Loriga. |
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Capela
da Nossa Senhora da Guia |
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Capela de Nossa Senhora
da Guia |
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Nossa Senhora da Guia
(interior) |
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A veneração à
Nossa Senhora da Guia nesta localidade de Loriga, surgiu nos meados do século
XIX, ideia trazida pelos "Cartagenos", nome dado aos negociantes de lã
que iam por outras terras do país; nomeadamente pelo norte, vender as peças
tecidas manualmente.
Esses "Cartagenos", nas suas andanças comerciais viram no Minho, mais
precisamente em Vila do Conde junto à foz do Rio Ave, uma ermida em honra de
Nossa Senhora da Guia, padroeira dos pescadores. Quando em Loriga se pensou construir
uma capela em louvor da Virgem, como nessa altura os Loriguenses começavam a
sair, emigrando para o Brasil, o nome escolhido foi o de N.S.da Guia, que passou a
ser, nesta vila, a padroeira dos emigrantes.
Nos primeiros anos da década de 1880, sendo o povo de Loriga muito devoto, de
muita fé e de muita coragem, quando se procedia às obras da reconstrução
da Igreja matriz destruída em consequência de um abalo de terra verificado
nesta região da Beira, de imediato o pensamento da construção
da capela tomou ainda maior forma. O monte "Gemuro", que emerge da ribeira
de São Bento foi o escolhido. Situado a nordeste da povoação,
a pouco mais de um quilómetro do centro da Vila, era porventura o local mais
indicado. No entanto, não foi uma escolha pacifica, originando muitos conflitos
e confusões, que só o tempo viria a saldar.
Aquele lugar conhecido por "Gemuro", era uma passagem dos proprietários
dos pinhais e que servia também de caminho de acesso à freguesia da Cabeça,
sendo terreno plano, soalheiro e de boas vistas. Ali se juntava o povo aos domingos,
nas tardes de verão, para descansar dos rudes trabalhos da semana sendo, ainda,
um verdadeiro miradouro para o monte do Colcorinho, sobretudo no domingo do Espírito
Santo e quando da celebração da festa de N.S. das Preces em Vale Maceira.
A família Marques Guimarães, proprietários daquela terra e pinhais,
não via com bons olhos o ajuntamento de estranhos nas sua terras. Mas o povo,
cada vez mais sentia-se atraído por aquele local, para os seus convívios
familiares, de lazer e descanso. Quanto mais os donos procuravam defender os seus direitos,
mais o povo parecia tomar conta daquele lugar e, movidos pela ideia da construção
da capela, começaram mesmo a derrubar os pinheiros e a terraplenar o terreno.
Nem mesmo as autoridades administrativas locais conseguiram demover o povo a desistir
do fim que tinha em vista, passando desde logo esse lugar a chamar-se por Senhora da
Guia. Nessa época, era paroco de Loriga o Sr.Padre Matias.
Em 1884, foi concluída a construção da capela, feita de pedra
de xisto. Esta capela durou cerca de 40 anos e tinha a entrada principal virada para
a povoação. A primeira festa em honra de N.S. da Guia realizou-se nesse
mesmo ano, em 06 de Outubro, para depois passar-se a realizar sempre no primeiro domingo
de Agosto.
No inverno, aquele local era frequentemente assolado por ventos fortes e enxurradas
de águas, o que fez com que a capela primitiva fosse ficando muito degradada.
Em 1917-18, como não parecia oferecer segurança, após mais de
três décadas de existência, pensou-se na sua demolição
tendo, para o efeito, sido constituída uma comissão, com a finalidade
de dar início à construção de uma nova capela. Foi então
demolida a primitiva capela e edificado uma outra que ficaria concluida por volta do
ano de 1921.
É esta a capela que chegou até aos nossos dias, com as medidas de 9,30
X 6,90 metros, tem ao longo de todos estes anos de existência, conhecido várias
transformações tendo já pouco a ver com a inicialmente edificada.
Os relatos da época dizem, que a festa realizada após a construção
da nova capela, foi de verdadeira emoção e alegria. Era então
pároco de Loriga, o Monsenhor António Gouveia Cabral e, no rosto de todos
os presentes, era bem visível esse contentamento por terem proporcionado uma
digna capela à Virgem que, do seu andor, parecia dizer ao menino que olhava
sua Mãe:- "Vê como meus filhos me amam"
O recinto da N.S.da Guia é, na verdade, hoje em dia, a "coroa" da
Vila de Loriga e digna de ser vista por todos os visitantes. A capela de N.S. da Guia
e a Virgem tem, sem dúvida, o grande afecto dos emigrantes Loriguenses espalhados
pelo mundo. |
A imagem da Virgem, tão bela
e expressiva foi feita para os lados de Braga e data da construção da
primitiva capela. Chegou até bastante antes da capela estar concluída.
Existe uma outra imagem - Nossa Senhora da Guia pequenina - que devia vir para Loriga
por volta de 1901-1902. A razão desta segunda imagem é a seguinte:
O dia da festa, excepto o primeiro ano (1884), sempre se realizou no primeiro domingo
de Agosto. De manhã, muito cedo, a imagem vinha em procissão da Capela
para a Igreja, regressando para a sua capela cerca do meio dia. Acontecia que muitos
romeiros, alguns de longes terras, vinham até à capela cumprir as suas
promessas e dar as suas esmolas e não encontravam a Imagem da Virgem o que bastante
os desconsolava. Foi por isso que se mandou fazer outra imagem que substituísse,
na ausência, a primitiva imagem de Nossa Senhora da Guia, como hoje ainda isso
acontece. |
Festa em honra de Nossa Senhora
da Guia |
A Festa em honra de Nossa Senhora
da Guia, realiza-se anualmente no primeiro Domingo de Agosto.
Para além do acto religioso em que é relevante a magestosa procissão
e missa campal, tem como complemento também a parte musical, que decorre normalmente
no recinto e também na vila.
É a maior Festa que se realiza em Loriga e a que mais visitantes atraia a Loriga,
nomeadamente os Loriguenses espalhados pelo país e pelo mundo.
As mordomias nomeadas, levam a efeito vários eventos, tendo ao longo do ano
a preocupação de angariar receitas, não só para a realização
da Festa anual, mas também ter sempre presente fundos para despesas pontuais,
obras e restauro da Capela, Coreto, Casa do Fogueteiro e ainda a conservação
de toda a área envolvente do recinto e rampa de acesso. |
Nota:- Encontra mais dados relacionados a Nossa Senhora da Guia,
na Página NSGuia deste Site. |
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A
Capela de Nossa Senhora do Carmo |
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Capela da Nossa Senhora do
Carmo (Bairro S.Ginês) |
Capela da Nossa Senhora do
Carmo (altar) |
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Bem mesmo no centro do Bairro de São
Genês, quase que passando despercebida a capela dedicada à Nossa Senhora
do Carmo, muito bem guardada e protegida pelos moradores desse lugar pitoresco de Loriga,
continua a manter a firme postura de capela de bairro, sendo bem patente o orgulho
que os moradores locais têm na sua capela.
Vem de longe a existência da capela naquele local, sendo desconhecida a data
certa da sua construção. Sabe-se que em 1758 já estava construída
pois pelos poucos escritos existentes dessa época, já se fazia referência
à dita capela, não como titulada ao nome actual, mas sim titulada a San
Gens, pensando-se até, que resistiu ao grande terramoto de 1755, que nesse ano
assolou o nosso país e arrasou quase totalmente Lisboa.
É certo, que dificilmente se poderá saber a razão e a iniciativa
da edificação de uma ermida naquele local. Sabe-se, no entanto, que a
capela actual não é a primitiva uma vez que, por estar em vias de ruir,
seria reconstruída. Mesmo assim, durante alguns anos, esteve só com paredes
e telhado e, só depois de ser feito o altar, foi restituída ao culto
em 1938.
Para quem não saiba, muito boa gente poderá ser induzida no erro de que,
a data de 1909, inscrita na fachada por cima da porta, corresponde à data da
existência da capela naquele local. Na verdade não é assim, pois,
na realidade, a data corresponde a uma de algumas reconstruções que esta
capela foi tendo ao longo da sua existência. Supõe-se que a capela primitiva
tenha ali sido construída por volta de 1700, início do século
de 1700.
Nos mesmos escritos que acima citamos, era referenciada a não existência
de habitações naquele local quando a ermida foi construída, estando
escrito que ela se situava ao "lado da vila". Por conseguinte, o povoado
de Loriga ainda ali não chegava, sabendo-se que, durante muitos séculos,
o povo português, muito religioso e crente construía as ermidas normalmente
em locais fora dos povoados. Do que parece não restar dúvidas, é
que a capela foi ali edificada em honra de São Genês e, por isso mesmo,
aquele local passou a ser chamado precisamente por esse mesmo nome, topónimo
que ainda hoje se mantém.
Apesar da capela não ser cenário de grandes festas em honra da sua Virgem,
como decerto acontece com outras festas religiosas que se realizam em Loriga, não
é por isso menosprezada. Se recuarmos a tempos distantes veremos que esta capela
foi fundamental e de grande utilidade em situações infelizmente trágicas
acontecidas nesta localidade.
No século passado, mais precisamente em 1881, quando por motivo de um novo tremor
de terra que se fez sentir na região da Beira, a igreja matriz viria a ruir,
esta capela foi utilizada na realização de alguns actos religiosos. Já
no século XX, quando da grave epidemia que aconteceu em Loriga no ano de 1927,
na capela da Senhora do Carmo, foi improvisado um balneário, sendo dotada com
banheiras e água canalizada. Nesta altura, a capela estava praticamente desactivada
religiosamente, pois apenas tinha as paredes e o telhado e, essa adaptação
em balneário, foi importante na luta dessa epidemia.
A capela de Nossa Senhora do Carmo é, presentemente, digna de uma visita devendo,
em minha opinião, fazer parte do roteiro dos visitantes de Loriga, que decerto
não deixarão de admirar, na amplitude do altar em madeira ornamentada,
a beleza da imagem da Virgem, bem como outras imagens antigas e de muito valor, onde
não poderia faltar o São Genês, precisamente o patrono deste Bairro.
É uma capela que, apesar de antiga, respira modernidade, graças aos cuidados
que os moradores do Bairro de S. Genês lhe dedicam. |
Nota do Autor:-Simbólicamente como que só pertencente aos
moradores de S.Genês, é realmente digno de registo e de louvor toda esta
boa gente daquele meu bairro, no empenhamento e conservação desta capela
naquele local, com mais de dois séculos de existência, mantendo assim
em continuidade o sonho desses nossos antepassados, que ao edificar com fé este
lugar de culto, sabiam que as gerações vindoiras continuariam a perpetuar
o que então tinham idealizado. |
Nota complementar |
A Capela de Nossa Senhora do Carmo
é de espaço único. As fachadas são rebocadas e pintadas
de branco, com cunhais assinalados a granito e rematados por elementos piramidais.
A fachada principal termina em cruz latina e é rasgada por um portal em arco
de volta perfeita moldurado, ladeado duas janelas em arco abatido. É encimado
por uma janela e por um nicho que alberga um sino. O interior com paredes pintadas
e rebocadas de branco é percorrido por lambril de azulejos monocromos, de padrão
industrial |
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Festa em honra de Nossa Senhora
do Carmo |
Foi de comum acordo pelos moradores
do Bairro de S. Genês, a realização de dois em dois anos de uma
Festa, unicamente religiosa, em honra da Nossa Senhora do Carmo, .
No dia 4 de Junho de 2000, realizou-se a primeira Festa, um primeiro evento que fez
engalanar em festividade o típico bairro de S.Genês. Teve como momento
mais alto, a bonita procissão, que percorreu as ruas da vila, sendo o andor
da N. S. do Carmo transportado pelos elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Esta Festa foi levada a efeito, numa organização conjunta com os moradores
do Bairro das Penedas, que consideram-se como um anexo do Bairro de S.Genês.
Ficará ainda como registo, o facto, de o "velho" Terreiro da Lição,
ter sido pela primeira vez cenário de um concerto de música, que a Banda
de Loriga ali efectuou nesse dia. |
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Mordomas
da Nossa Senhora do Carmo (Biénio 2010-2011)
Maria Fernanda Nunes, Alice Jorge,
Isabel Ferreira e Maria Aurora Garcia. |
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Capela
de São Sebastião
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Capela de São
Sebastião (Rua de São Sebastião) |
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Capela São Sebastião
(interior) |
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Apesar de pouco se saber sobre a razão
da construção da capela de São Sebastião naquele local,
remonta há mais de dois séculos a sua existência. Em recortes antigos
e relacionados à década de 1750, era referenciada como estando situada
a "duzentos passos distantes da povoação no caminho para Valezim",
na qual não faziam festa ou romaria alguma.
Segundo essa descrição, para essa época, a capela ficava longe
da povoação, se tivermos em conta a existência de outras capelas
já a ficarem rodeadas pelo povoado, com era os casos das capelas de Santo António
e S.Gens, actualmente N.S. do Carmo. Efectivamente pensa-se ter existido uma boa razão
para a construção de uma ermida naquele local.
Os relatos antigos vêm dizer que, sendo o caminho e trajecto de Loriga para outras
povoações, aquele local era um lugar aprazível, de descanso, onde
corria abundante água. Ali os viajantes paravam, por momentos, para descansar
e, ao mesmo tempo, oravam pela viagem que estavam prestes a iniciar ou, aqueles que
ao chegarem, ali paravam orando e agradecendo a viagem que tinham acabado de efectuar.
A primitiva capela construída em pequenas dimensões, era o protótipo
da ermida isolada em lugar de passantes, havendo até uma certa preocupação
de a mesma ser resguardada o mais possível das más condições
climáticas. Ao ser edificada em honra desse Santo, poderá estar relacionado
o facto de, nessa época, e um pouco por todo o lado, ser muito comum a veneração
ao mártir São Sebastião, passando mesmo aquele lugar a ser assim
chamado.
Com os tempos, aquele local bem como a capela já foram cenário de muitas
alterações. O primitivo caminho deixou de existir e, em consequência,
nova capela mais moderna foi também construída, esta sobreposta à
antiga.
As Festas em honra de São Sebastião, por estranho que pareça,
não se realizam na sua capela mas sim na povoação. Houve tempos,
até, que nem sempre era realizada, ao contrário do que acontece hoje,
que se realiza anualmente. É uma festa grandiosa e uma das maiores que se efectuam
em Loriga, realizando-se no verão, em data o mais próximo possivel da
Festa da Nossa Senhora da Guia.
Uma tradição em honra deste Santo, que através dos tempos se vai
mantendo, é o peditório realizado com o "Cambeiro", um mastro
alto, em madeira, ornamentado com penduradores em ferro, que percorre as ruas da Vila,
e onde as pessoas penduram as suas ofertas:- chouriços; morcelas; presuntos;
carne; pão; queijos; feijão; grão; milho etc., sendo estas ofertas
leiloadas em evento efectuado no largo da igreja.
Ao contrário das outras capelas já referidas, existentes em 1758, e que
com os tempos foram ficando dentro da povoação de Loriga, a de São
Sebastião, apesar de mais de dois séculos já passados, continua
fora e isolada, apesar de visível do casario da Vila que dela se foi aproximando.
O seu patrono é, pois uma presença viva dos antepassados Loriguenses
que idealizaram aquele local e a construção da capela. E se, em tempos
distantes, se pensa que abençoava os viajantes que por ali passavam, continua
hoje a ser a benção para muitos outros que ali passam para a última
viagem, mas esta, uma viagem sem regresso.
Visitar a capela de São Sebastião é também importante,
pelo seu valor histórico e cultural, fazendo mesmo parte do itinerário
turístico desta localidade. |
Nota complementar |
A Capela de São Sebastião
é de espaço único. Exteriormente as fachadas são rebocas
e pintadas de branco percorridas por lambril de pedra de granito. A fachada principal
é rasgada por um portal recto e por duas janelas recortadas. Tem campanário.
O interior tem paredes rebocadas e pintadas de branco percorridas por lambril de azulejos
de padrão industrial. |
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Festa em honra de São Sebastião |
A Festa em honra de São Sebastião,
realiza-se em Julho. Para além do acto religioso é também efectuada
festa musical, que decorre na vila e que normalmente atrai sempre muitos visitantes.
As mordomias anualmente nomeadas, levam a efeito vários eventos, tendo ao longo
do ano a preocupação de angariar receitas, não só para
a realização da Festa anual, mas também ter sempre presente fundos
para obras de restauro e conservação da Capela.
Uma característica em honra do S. Sebastião em Loriga, é o tradicional
peditório com o "Cambeiro" que se realiza anualmente em Janeiro. |
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Capela
Nossa Senhora da Auxiliadora |
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Foto
- Capela Nossa Senhora da Auxiliadora |
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Situada no local conhecido
por Redondinha, esta capela faz parte do Solar com o mesmo nome e, foi mandada
construir pelo Industrial Augusto Luís Mendes, dono de todas aquelas
terras envolventes naquele local de Loriga. Esta capela destinava-se ao culto
religioso particular e familiar.
Foi construída nos primeiros anos do século XX, sendo benzida
em 1907, pelo Arcebispo-Bispo diocesano, Dom Manuel Vieira de Matos, que na
altura se encontrava de visita a Loriga.
Apenas num ou noutro caso, excepcionalmente, esta capela chegou a estar ao
serviço da comunidade loriguense, podendo aqui lembrar, por exemplo,
quando em determinada época, os jovens ali se reuniam em retiros, para
a preparação da Profissão de Fé. No entanto, através
dos muitos anos da sua existência, e por se identificar como particular,
não era um lugar de culto da população local, tal como
acontece com as outras capelas desta localidade .
Em tempos já distantes, nomeadamente durante a época áurea
da vida da família Augusto Luís Mendes, esta capela conheceu,
na realidade, uma certa actividade religiosa, sobretudo enquanto este industrial
foi vivo. Ali eram realizadas missas, baptizados, casamentos, velórios
e ainda outros eventos religiosos, assim como, uma vez por mês, estava
aberta a toda a população que ali quisesse assistir à
missa dominical
Durante estas últimas longas décadas, esteve sempre praticamente
fechada, havendo no entanto, por parte dos seus proprietários, a preocupação
na sua conservação, continuando a manter bem viva, a memória
dos antigos proprietários daquela zona de Loriga, a quem esta localidade
muito ficou a dever.
Hoje em dia encontra-se totalmente fechada, continua a pertencer aos descendentes
da família desse grande industrial, Augusto Luís Mendes, estando
actualmente a tomar conta da mesma, o Sr. Fernando Pais de Amaral Mendes. |
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Altar
da Capela N, S. da Auxiliadora |
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Não se realiza Festa
em honra de N. S. da Auxiliadora |
Não se realiza Festa em honra
da Nossa Senhora da Auxiliadora em Loriga, apesar da existência desta capela
dedicada a esta Virgem.
Talvez por se tratar de um acapela a nível particular e familiar, nunca existiu
conhecimento de Festas a nível comunitário, no entanto, tem-se conhecimento
de uma ou outra Festa ali realizada pelo seu proprietário |
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Capela
de Santo António |
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Foto da Capela Santo António
no Ano1972 - Demolida em 1975 |
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A Capela de Santo António
encontrava-se situada no Largo do Santo António, nome pelo qual hoje
é conhecido devido à localização da Capela, mas
que popularmente, e durante muitos anos, foi também chamado por Largo
da " Carvalha".
A capela ali existente era muito antiga, sabendo-se
que a sua construção vinha já do século XVIII ou
mesmo muito antes deste século. Sabia-se que era o terceiro templo mais
antigo construído em Loriga
Em escritos existentes de 1758, faz-se referência
a esta capela, como situada ao cimo da vila pensando-se, assim, que quando
foi construída, o povoado de Loriga não era ainda para lá
deste local. Segundo se sabe também substituiu a Igreja Matriz durante
a reconstrução desta arruinada pelo sismo de 1755.
Na década de 1880, a capela do Santo
António, passou novamente a Matriz em todos os cultos religiosos, por
motivo da Igreja voltar a ruir, quando foi sentido novamente em Loriga, um
forte sismo.
Esta capela do Santo António foi caindo
em degradação tendo sido reconstruída já no século
XIX, deixando de ter a traça original. A primitiva Capela tinha alpendre
e campanário, que nada tinha a ver com a capela que chegou aos nossos
dias, precisamente até à sua demolição, ocorrida
na década de 1970, aquando da modernização daquele local
e ainda da requalificação da
"Carreira".
A construção de uma capela naquele
local, poderá estar relacionada ao facto de ter sido ali o antigo cemitério
de Loriga. Depois da construção do novo e actual cemitério,
nos últimos anos da década de 1890, e após total trasladação
dos restos mortais, esta capela foi ficando em estado de degradação.
Foi reedificada, por altura do ano de 1920,
passando a ter as medidas de 10,20 metros por 6,20 metros, sendo restituída
ao culto em 1923. No entanto, em Junho de 1925 foi interdita pelo Prelado,
interdição que durou até princípios de Maio de
1927.
Nas últimas décadas da sua existência,
foram poucas as actividades religiosas ali realizadas e, aos poucos, foi ficando
degradada e mesmo abandonada. Já em projecto a respectiva demolição,
e já com algumas obras a decorrer naquele local, esteve iminente ruir
completamente, pondo mesmo em perigo a população local ao passar
ali, tendo feito eco disso, o jornal diário "Jornal
de Noticias" em 15 de
Abril de 1974.
Entretanto, a imagem do Santo António,
já há muito que tinha sido transferida para a Igreja Paroquial,
onde hoje ainda se encontra.
Esteve ainda projectada a construção
de nova capela invocativa a este Santo, não no mesmo local (que viria
a gerar bastante polémica) mas sim na Fonte do Mouro, onde chegou mesmo
a ser iniciada a respectiva construção, no entanto, pouco tempo
depois, esse projecto foi definitivamente posto de parte. |
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Nota: - Em 1975 foi demolida a capela do Santo António
em Loriga. Com o estado de degradação cada vez mais acentuado, já
algum tempo antes a imagem do Santo tinha dali sido retirada, passando para a Igreja
Matriz, onde se encontra, colocado na capela da Nossa Senhora de Fátima.
Entretanto, naquele local foi edificado um pequeno monumento com a imagem de Santo
António, simbolizando assim a capela ali existente durante séculos e,
ainda o nome daquele lugar chamado Largo de Santo António. |
Festa em honra de Santo António |
A Festa em honra de Santo António,
realiza-se em Junho. Para além do acto religioso é também efectuada
festa musical, que decorre na vila precisamente no local onde outrora estava edificada
a capela dedicada a este Santo.
As mordomias anualmente nomeadas, é caracterizada pelo principio de serem incorporadas
por jovens, nomeadamente namorados, por isso se dizer que Santo António é
casamenteiro.
Ao longo do ano a comissão de festas leva a efeito vários eventos, no
sentido de angariar receitas para efectuar a tradicional festa. |
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Mordomia da Festa de Santo António
Ana Rita Aparicio; Filipa Pinto; Andreia
Garcia; Patricia Pereira; João Moura; João Aparicio Garcia; Rodrigo Amaro;
Adriano Lopes. |
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