Sexta-feira 14.8.2020
(às17H00)TMG |
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Faleceu
Emílio João Pina
Fernandes
Faleceu
hoje após súbita alteração de saúde,
Emílio
João Pina Fernandes, de 56 anos de idade (11.5.1964) meu sobrinho que residia
em Loriga.
A
minha família está de luto |
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Segunda-feira 10.8.2020
(às22H00)TMG |
Interessante
artigo retirado do mural no Facebook dos Ex Combatente Loriguenses
recentemente criado e, que aqui registamos na íntegra, sobre
um assunto que foi na verdade uma lacuna humana do regime de então,
que fez sofrer muitas famílias portuguesas. |
Os mortos da Guerra
do Ultramar
- Que o Regime Português deixou para trás -
Com surgimento
do conflito do Ultramar português, o país não estava
e nunca esteve preparado, para poder enfrentar um conflito de guerra
sem ter as suas lacunas, que no que diz respeito há vítimas
mortais inerentes, ficando bem reflectido na falta de lema de que um
"soldado nunca pode ficar para trás" mas isso aconteceu,
com um povo a ficar irremediavelmente martirizado por seus familiares
terem ficado para sempre sepultados em terras distantes, para onde
foram ao serviço soberano dos seu país.
Um regime totalitário que apregoava com pompa Família,
Religião e Educação, que não era mais que
os ideais interesses e o bem-estar de alguns com o total domínio
para subjugar e oprimir um povo, bem demonstrativo na indiferença
para com o sentimento e o sofrimento das famílias, imaginando-se
quanto doloroso que foi pais perderem os seus filhos em terras distantes,
que diziam ser também Portugal, mas sem poderem ter o seu corpo
para o poder velar e sepultar nas suas terras e junto das famílias. |
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Talvez
muita gente desconheça, mas que aqui lembramos, desde
que a guerra tinha começado, em Angola em 1961 e até
ao ano de 1967, o Estado português só pagava a
ida e o regresso aos militares vivos, não o dos mortos.
As famílias que quisessem o seu familiar morto teriam
que suportar as despesas, só ao alcance das famílias
abastadas
Das 2.238 baixas ocorridas entre 1961 e 1966, na altura, só
foram trazidos para a Metrópole 326 corpos, o que representava
apenas cerca de 15% do total de mortos desse período.
Era visível que os custos eram o grande obstáculo
porque de Moçambique, onde a despesa era maior, só
vieram 5,5% dos corpos, de Angola 12,9% e da Guiné,
por ser um pouco mais perto, um pouco mais, 27,2%.
Se recorda aqui também, que quanto mais longe morria
o militar mais caro se tornava. Trazer um corpo de Moçambique
era o mais caro, na ordem de 10 a 12.000 escudos; de Angola
na ordem dos 9 a 10.000 escudos e da Guiné, por ser
mais próximo, ficava um pouco mais barato, 7.500 escudos,
para a época eram preços inatingíveis
para a comum família, só mesmo ao alcance de
famílias bem abastadas. |
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Perante
o que aqui foi demonstrado, existe a realidade da incúria humana
de um regime que não prestigiou o seu povo e que afinal deixou
para trás os seus militares, com a realidade ainda bem presente,
em que campas foram há muito comidas pelo avanço da vegetação
onde ficaram muito desses soldados, lápides que simplesmente
desapareceram e o mesmo acontecendo com a perda de documentos, havendo
ainda por lá cemitérios improvisados que hoje são
tudo menos cemitérios, tomados que estão pelo capim,
que na verdade se torna difícil encontrar túmulos que
estejam identificáveis, mas que ali ficou para sempre gente
de um povo que por imposição ali foi ficar para sempre.
A vila de Loriga, teve também um seu filho que foi deixado para
trás, Carlos de Moura Fernandes, 1º. Cabo, falecido em
1965, tendo sido sepultado no talhão militar do cemitério
de Malange ao qual foi atribuído a campa 2283-1, onde passou
a ser a sua última morada para repousar para sempre em PAZ.
(ammp)
Que nenhum soldado português seja odiado;
Que nenhum soldado português caminhe sozinho;
Que nenhum soldado português seja esquecido... até que
todos possam descansar eternamente na sua Pátria amada! |
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Quarta-feira 5.8.2020
(às16H00)TMG |
A vila de Loriga
- Abraçada pela Internet -
Uma boa noticia
que aqui se saúda, a partir de agora a vila Loriga passa a ter
acesso livre à Internet, através Wifi Aldeias Montanha. |
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Domingo 2.8.2020 (às7H30)TMG |
António Luís
Pina
- Faz hoje 100 Anos -
António Luís
Pina, natural
de Loriga onde nasceu em 2.8.1920, faz hoje 100 anos, a bonita idade
dos chamados três dígitos, actualmente o loriguense mais
idoso, que aqui me prezo Felicitar, uma figura de Loriga que me habituei
a admirar
Vivendo quase toda a sua vida fora de Loriga, nunca esqueceu a sua
querida terra, já alguns anos largos, levou-o a construir ali
uma sua casa que tanto adora visitar, o fazendo anualmente, nomeadamente,
no verão para se deliciar com algum repouso e regalar-se com
os ares puros da sua terra, ao mesmo tempo matando saudades.
Ao completar a bonita idade de 100 anos, na verdade uma longevidade
de vida como dádiva de Deus, sempre com uma disposição
contagiante e o seu dom de bom conversador, tem granjeado ao longo
da sua vida a estima e a amizade dos seus conterrâneos que muito
o admiram. |
Tenho
pelo senhor António uma particular admiração,
estima e amizade, sempre pronto para conversar comigo logo
assim que me vê, é um regalo com ele poder falar,
pois me surpreende ao ter sempre algo para me contar, lembra-se
de muito mas mesmo muito da nossa adorada Loriga de outros
tempos, que há muito ficaram para trás, que desse
modo muito passei a saber da história da nossa terra.
A sua vida tem sido
um autêntico livro, com uma memória incrível
sempre gostou de escrever, mesmo ainda há bem pouco
tempo e apesar da sua idade, continua nele aquele bichinho
de escrever coisas de Loriga, são conhecidos muitos
dos seus artigos publicados em jornais, nomeadamente, no Jornal
"Garganta de Loriga" em que tem todo o prazer de
dar a conhecer muito de Loriga antiga, que muitos de nós
desconhecia.
Pessoa amável
de trato fácil da qual me prezo ser amigo e com o qual
dá gosto, sempre que posso, poder com ele falar, costumo
dizer abençoada terra que tem assim seus filhos, que
mesmo vivendo toda a sua vida fora dela, não esqueceram
e continuam a recordar com nostalgia o amado cantinho que foi
o seu berço. |
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Alguns anos
a esta parte, apesar do problema que tem de alguma dificuldade de movimento,
quando visita Loriga no verão, por norma me encontro com ele,
muito o admiro e cada vez mais me vai surpreendendo, tendo em conta
a sua idade já bem avançada, a sua memória impressionante
é ainda de um jovem, que me faz admirá-lo cada vez mais,
que dessa forma vou ficando mais enriquecido sobre recortes da história
de Loriga, que tanto adoro ouvir.
Vivendo definitivamente no Algarve, mais concretamente em Olhão,
hoje é uma data memorável para Loriga e para os loriguenses,
ao podermos presentear com os nossos Parabéns, a bonita idade
dos 100 Anos deste nosso conterrâneo e figura de Loriga, três
dígitos na idade é na verdade é algo de notável.
Um forte abraço e Muitos Parabéns caro senhor António
Luís Pina,
que este dia seja um dia de felicidade junto de todos os seus e que
estando longe o vou recordar. |
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